sexta-feira, julho 29, 2011

Dele



"...– Camila?
– Hmmm oi. Tava aqui fazendo as contas.
– Hein?
– As contas. Me perdi nos pontos, sou um verdadeiro lixo em matemática.
– A conta do bar?
– Não, a minha.
– Como assim?
– Eu sou uma máquina de pinball.
– Ah...
Ah?
– Tem que apertar os botões certos na hora certa pra ganhar?
Sim!
– Sim! Meu deus, você entendeu.
– Entendi.
– Quer casar comigo?
– Que horas?
– Agora. (...)
Quando acordei e olhei pra ele, acendeu uma luzinha que eu achava estar queimada. Vai ver era só mau contato. Plim. Eu sorria como uma Barbie. Não fumei nenhum cigarro, não tomei nenhuma bola. Almocei salada. Meu computador travou 34 vezes, o ventilador estragou, a internet estava lenta e eu estava com o torcicolo do mal. E a luzinha lá, firme. Não preciso de comida, não preciso emagrecer, não preciso de dinheiro, nem de cigarro, nem de vódega, nem de anfetaminas. Não preciso trabalhar nem pagar o aluguel nem a luz nem a água nem o Speedy. Não preciso de lentes novas, amaciante, margarina ou um corte de cabelo. Eu preciso dele."

(Clarah Averbuck - Máquina de Pinball)

quarta-feira, julho 27, 2011

Rebelde

terça-feira, julho 26, 2011

Na casa do Carvalho



"...Devagar com esse andor, Leonor
Casamento é muito caro

Sou compositor, cantor, também sou autor
Falo mais de flor que dor, Leonor
Mas não sou Roberto Carlos

Não tenho carro de boi, Leonor
Nem outro tipo de carro

Meu cachê é um horror, Leonor
Não sobra nem pro cigarro

Não tenho nem gravador, Leonor
Meu São Benedito é de barro

Meu menu é feijão com arroz
Que divido com mais dois, Leonor

Quando não falta trabalho
Viver somente de amor, Leonor
É tão lindo quanto precário

Tem que morar de favor, Leonor
Lá no bairro do Calvário

O que eu tinha de valor, Leonor
Dois gatos, três agasalhos
Cachecol de lã gibis do Tarzan
Gibis de terror, cobertor
Quatro jogos de baralho
Um macacão furta-cor, Leonor
Uma colcha de retalhos

O que não está no penhor, Leonor
Foi pra casa do Carvalho..."

(Leonor - Itamar Assumpção)

segunda-feira, julho 25, 2011

No impulso



"Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade. Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei." (C. Lispector), mas, guardadas as devidas proporções asrtísticas, poderia ser... MEU!

:D

Faz parte

Daqui

sexta-feira, julho 22, 2011

Louca

"...These word I write keep me from total madness..." (Charles Bukowski)

quinta-feira, julho 21, 2011

SÊRT



"A vida, esta vida que, inapelavelmente, pétala a pétala, vai desfolhando o tempo, parece, nestes dias, ter parado no bem-me-quer..." (Saramago)

Tô assim toda bem-me-quer porque esse blog está comemorando aproximadamente 1095 dias de namoro.

Cuidado com a glicemia. Rá!

(ps:euteamo)

Herz



"I carry your heart with me
(I carry it in my heart)
I am never without it
(Anywhere I go, you go, my dear;
and whatever is done
by only me is your doing, my darling)"
- e.e. cummings -


(ps:euteamo)

Inexato





E quando, de novo, você me olha com aquela cara de quem já não aguenta mais tanta discordância - ou teimosia, ou implicância, ou seja lá como você quiser chamar - eu pulo (literalmente) no teu braço, e consequente abraço, e te aperto forte, bem forte, bem forte. Será que assim dá pra perceber que eu discordo porque não sei ficar calada, e que se a gente pensasse igual em tudo não teria a menor graça e não seria mais a gente, e eu ia morrer de saudades dos seus planos malignos para conquista do mundo enquanto você ia sentir falta - eu sei - da minha intenção de salvar a humanidade da sua tirania - aproveitando pra levar comigo também mais uma meia dúzia de gatos, é claro.


(ps:euteamo)

quarta-feira, julho 20, 2011

Nocaute




Tem horas que me dá vontade de te sacudir. Segurar assim forte pelos ombros e balançar com força pra ver se você reage. Sabe que metade das coisas que te digo são formas verbais desses chacoalhões? Sabia que noventa por cento das vezes não funciona? É impressionante o quanto isso me instiga. Faz parte da sua irresistibilidade, será? O interessante é que quando as respostas vem espontaneamente é imediata a minha sensação de vitória. Mas não, é ponto teu. Porque foi na tua hora. Porque você consegue estar sempre no controle. Sempre. Mas espera. Um dia eu te derrubo, menino. E daí você vai ver só uma coisa.


(ps:euteamo)

quarta-feira, julho 13, 2011

Casulo





Não há no mundo sensação mais estranha do que começar a rasgar sua própria pele de dentro pra fora. Aqui dentro está confortavelmente quente e basicamente é por isso que eu tenho tanto medo de sair. O impulso, porém, é incontrolável, quase vital. Não dá pra conter a vontade de mudar. É preciso ir, sem olhar para trás. Mudar para melhor. Pra melhor, pra melhor.

terça-feira, julho 12, 2011

O fim



O fim estréia no dia 15, mas meu ingresso para o fim é para o dia 23 no Imax Bourbon :D

Triste e feliz.

sexta-feira, julho 08, 2011

Los tres




Gatos são os bichos mais legais do universo. Ponto.
Estou no momento com três dessas criaturas incríveis em casa e acho o maior barato.
Eles são companheiros e me seguem por toda parte.
Mesmo a branquinha, minha hóspede, tenta acompanhar e ficar por perto.
Acho um barato a fidelidade incondicional deles.
Sem exageros, sem forçar uma barra.
Uma companhia silenciosa e constante, esquentando meus pés e observando meus movimentos, assim, só para estar ali por perto, sem grandes intenções.
São extremamente expressivos também, e fazem cada pose que fico lamentando não ter uma boa máquina fotográfica a mão para poder captar esses momentos.
Bilbo nesse momento cochila sentado aqui na mesa do escritório.
Frodo se enrosca nos meus pés e ronrona como um motorzinho.
Galadriel observa sentada na porta, aproveitando o momento para sua higiene diária.
Que delícia, esses três.

segunda-feira, junho 06, 2011

13 anos



"Oh these little rejections how they add up quickly
One small sideways look and I feel so ungood
Somewhere along the way I think I gave you the power to make
Me feel the way I thought only my father could

Oh these little rejections how they seem so real to me
One forgotten birthday I'm all but cooked
How these little abandonments seem to sting so easily
I'm 13 again am I 13 for good?

I can feel so unsexy for someone so beautiful
So unloved for someone so fine
I can feel so boring for someone so interesting
So ignorant for someone of sound mind

Oh these little protections how they fail to serve me
One forgotten phone call and I'm deflated
Oh these little defenses how they fail to comfort me
Your hand pulling away and I'm devastated

When will you stop leaving baby?
When will I stop deserting baby?
When will I start staying with myself?

Oh these little projections how they keep springing from me
I jump my ship as I take it personally
Oh these little rejections how they disappear quickly
The moment I decide not to abandon me"

(So Unsexy - Alanis Morissette)

quarta-feira, maio 25, 2011

Dia do Orgulho Nerd



Meu filho nasceu no dia do orgulho nerd. Ele é o cara! Muito orgulho do meu menino lindo e desse dia!

domingo, abril 03, 2011

Devagar

Vontade de mudar, mudar, mudar tudo.
Pra ver se aguento o tranco, porque tá difícil.
Dá pra ser uma coisa de casa vez?

quarta-feira, março 30, 2011

Again, and again...

"Existe aqui uma mulher
Uma bruxa, uma princesa
Uma diva, que beleza!
Escolha o que quiser
Mas ande logo
Vá depressa
Nem se atreva
A pensar muito
O meu universo
Ainda despreza
Quem não sabe
O que quer...

Meu coração
Eu pus no bolso
Mas apareceu um moço
Que tirou ele dali
Não!
Isso não é engraçado
Um coração, assim, roubado
Bate muito acelerado...

Devolve, moço
Devolve, moço
O meu coração
No bolso..."

(Ana Cañas - Devolve, moço)

sexta-feira, março 11, 2011

Mil vezes

"É tão difícil de explicar. A dor de vê-lo sofrendo por ela é a mesma dor que eu sinto aqui quando sofro por ele. Difícil de explicar quando tudo dói. Vê-lo com ela dói, e vê-lo sem ela também dói, pois a tristeza dele é também a minha. Assim fica fácil de entender o que quer dizer aquela história de que quando a gente gosta de verdade de alguém, queremos ver a pessoa feliz. Eu quero ver ele feliz, por mais que eu sofra ao acompanhar de camarote o "casal perfeito". Mas fazer o que, mil vezes prefiro ele sorrindo, mil vezes, mil vezes."

(texto na minha agenda no mesmo janeiro de 1992)

quinta-feira, março 10, 2011

Nós

"Eram mais de dez da noite e eu estava sentada sozinha na mesa* pensando sobre o que escrever aqui. Deitei a cabeça e fiquei mordendo a caneta, procurando as palavras. S.** chegou em silêncio, e encostou a mão no meu ombro, que está completamente ardido do sol. Reclamei, e ele sentou do meu lado. Um sorriso lindo, com aquelas bochechas vermelhas. Meu coração bateu tão forte que quase saiu pela boca. Fiquei com o rosto virado para o outro lado, sem me mexer. Ele começou a passar a mão no meu cabelo. Fiquei morrendo de vergonha porque está tudo embaraçado***. Tentei fazer ele parar, reclamei, mas ele me mandou ficar quieta e começou a desembaraçar cada pedacinho do cabelo. Fiquei paralisada. Não conseguia falar nada. Só fechei os olhos e fiquei ali, sentindo aquela presença. A melhor e a pior sensação das férias. Misturadas."

(texto da minha agenda em janeiro de 1992)

*Era uma daquelas mesas de madeira com bancos únicos de cada lado, enormes, antigos.
** Já citado neste blog anteriormente como pedestal-mor
*** culpa da mistura de areia, mar, sol e vento com a minha falta de jeito para cuidá-los.

Isto é o que você ganha

"...Karma Police, arrest this man, he talks in maths
He buzzes like a fridge, he's like a detuned radio


Karma Police, arrest this girl, her Hitler hairdo, is making me feel ill
And we have crashed her party

This is what you get, this is what you get
This is what you get, when you mess with us

Karma Police, I've given all I can, it's not enough
I've given all I can, but we're still on the payroll

This is what you get, this is what you get
This is what you get, when you mess with us

For a minute there, I lost myself, I lost myself
Phew, for a minute there, I lost myself, I lost myself

For a minute there, I lost myself, I lost myself
Phew, for a minute there, I lost myself, I lost myself..."

Ácida




"She turned away, what was she looking at?
She was a sour girl the day that she met me
Hey, what are you looking at?
She was a happy girl the day that she left me

She turned away, what was she looking at?
She was a sour girl the day that she met me
Hey, what are you looking at?
She was a happy girl when she left me

What would you do?
What would you do if I followed you?
What would you do?
I follow!

Don't turn away, what are you looking at?
He was so happy on the day that he met her
Say, what are you looking at?
I was a superman, but looks are deceiving

The rollercoaster rides a lonely one
I paid a ransom note to stop it from steaming
Hey, what are you looking at?
She was a teenage girl when she met me

What would you do?
What would you do if I followed you?
What would you do?
I follow!

The girl got reasons
They all got reasons

What would you do?
What would you do if I followed you?
What would you do?
I follow!

Hey, what are you looking at?
She was a happy girl the day that she left me
The day that she left me
The day that she left me"

(Sour Girl - Stone Temple Pilots)

E então... O que será que você faria se eu te seguisse?

terça-feira, março 08, 2011

Não fará sentido



Não sei nem por onde começar. Conversa truncada, que me fez pensar tanto, tanto. Daquelas conversas que a gente nem sabe mais contar direito e repetir. A coisa que mais detesto é a superficialidade. Preciso me forçar para sair dela, porque mergulhar mais fundo sempre foi minha prerrogativa. Sempre precisei ser assim, e por isso morro de medo quando não acontece. Porque parece que quem aparece ali não sou eu, e sim quem eu deveria ser. O que se espera que eu seja, o que se espera que eu faça. No meu nível mais superficial, é assim que eu me mostro. Mas aperta, pra ver. Eu sei que está tudo absolutamente confuso, mas como não envolve só a mim, é impossível expor com todas as letras. Impossível eu declarar tudo que foi falado, mas envolve muitas coisas importantes. Decisões definitivas, e coisas como "até onde você seria capaz de ir?". Eu sei até onde posso ir, mas não sei se me acompanham, e então minha atitude se invalida. Ele me diz muitas coisas sem falar, e muitas vezes fico perdida, tenho dúvidas sobre como ele se coloca, sobre o que eu deveria esperar, e sobre o que eu não deveria. Queria ter a conversa gravada, para poder revê-la. Mas tem coisas que eu consigo lembrar. Uma delas é: "O que você fez até agora?", o que me diz que eu não fiz nada, embora me sinta fazendo muita coisa. Outra coisa importante é "penso nisso para daqui uns anos, ou melhor, nem penso, porque agora é impossível", e outra importante é "sou difícil, sou "certinho"", sem que eu consiga entender exatamente o que essa definição me mostra. O que é ser assim tão certinho? É se considerar certo? Eu estou errada? Estou certa da minha maneira de ser certinha? Difícil, fico extremamente confusa. Nossa, que dificuldade. Não nos afastaremos, embora as coisas se afunilem, embora eu não possa mais bater na minha tecla de sempre - e tenha prometido que não o farei mais. Também não tomei a decisão definitiva porque nitidamente ele não bancou por ela - e não o culpo por isso, de coração. Gosto da sinceridade, entendo a forma como ele me diz as coisas, sem dizer nada, sei que assustei, que pressionei, que talvez tenha apertado ele demais, mas eu precisava. Precisava dizer coisas que estavam entaladas e que inevitavelmente seriam ditas em momentos errados depois. E assim fomos, foi uma boa conversa, me lembrarei de mais partes dela provavelmente, é engraçado como na hora tudo parece fazer muito sentido, mas depois muitas sequências se perdem. Letgal lembrar de algo que ele nunca havia antes falado, que é a minha escolha mesmo sabendo das dificuldades que isso acarretaria, coisa que ele considera minha responsabildade, e da qual não fujo, embora eu não soubesse que o problema era assim tão grave - e se soubesse, meu deus, tinha evitado a todo custo isso tudo, de coração. O fim foi bom, mas tenho medo às vezes de ser só isso, de ser "superficial", mas aparentemente essa é a forma que ele tem de me dizer tudo o que ele quer, e respeitarei. Esse é o texto mais confuso de todos os tempos, mas ele faz tanto sentido pra mim que ninguém mais poderia mesmo compreender. É um sentido só nosso, e isso é o principal. Precisava registrar, a minha memória de peixe aliada ás férias da terapeuta me deixam quase em desespero para resgatar certos momentos importantes, como se eu pudesse deixá-los escorrer entre os meus dedos se não registrasse com a ajuda de algo externo. Tudo começou por conta da despedida, mas acho que deixei claro que a única coisa que eu quero é poder estar perto dele, o máximo que eu puder. Desculpem as palavras truncadas. Volta logo, Nara! :)

quarta-feira, março 02, 2011

Sobre maldades e sobre meus meninos

Estou triste e decepcionada. Mas não tenho muito o que fazer. Não posso obrigar as pessoas a serem minhas amigas, e também não posso obrigá-las a gostar de mim. Mas a tristeza vem da certeza de que nada fiz de errado e de que estou sendo incompreendida mesmo, pré-julgada, e que não há esforço e sequer tentativa de conciliar, mesmo com minha disposição. Estou assustada porque comigo em geral é tudo muito preto no branco. Não faço joguinho. Não finjo. Não ando com gravadorzinho embaixo da blusa posando de boa moça, criando provas a meu favor. Não faço tipo. Não foco na razão deixando o coração do lado de fora da porta. Não atuo nem repito falas decoradas. Não sou irônica tentando parecer gentil. Quando gosto, gosto muito. Me entrego e me devoto. Quando desgosto, é sempre muito nítido, sem rodeios. Essa atuação toda me assusta, porque é algo falso demais, montado demais para o que eu estou acostumada a vivenciar. Tenho medo do que vejo, tenho medo do que esse tipo de pessoa faz com outras a sua volta. Na verdade já sabia de algumas coisas, mas agora é como um diagnóstico fechado. Agora tudo está claro, e é feio demais o que vejo, infelizmente. Tenho medo de ser envolvida na teia mais uma vez, embora agora esteja de olhos bem mais abertos. Fui envolvida sem perceber e quando a ficha caiu foi muito dolorido. Mas talvez seja mesmo uma lição, algo a ser vivenciado e entendido. Que não posso controlar as coisas sempre, que muitas vezes o melhor é mesmo deixar pra lá, não se importar tanto com algumas coisas, me focar na diversão e deixar pessoas pequenas de lado, perdidas em suas insignificâncias, em seus achismos, em sua busca pelo controle. Paciência. Talvez seja o caminho mais fácil mesmo no momento. E o principal: me focar em quem realmente importa. Três coisas boas: percebo que naturalmente sou colocada ao lado das pessoas que realmente gosto da companhia e das idéias, e isso é um facilitador. Meus meninos estão do meu lado, como sempre, e isso é algo bom de se saber. I, P, L, E, meus queridos, querisíssimos amigos, cada qual em seu momento, cada qual de seu jeito, pessoas que carrego por perto sempre pois significam muito, e são importantes demais. Obrigada por estarem aí sempre. Estarei sempre aqui pra vocês. Em segundo lugar, dessa decepção toda surgiu uma amizade muito forte e muito verdadeira, pessoa especial mesmo, que sinto que estará por perto por muito tempo. B, você não tem noção de sua importância em minha vida no momento. Ficar sem falar com você faz parecer que falta alguma coisa no meu dia. De coração, obrigada pelo bom senso de sempre e pelos conselhos sempre tão certeiros. Você é um anjo. Em terceiro, e mais importante do que tudo e do que todos, o meu amore. Embora certo envolvimento seja inevitável, consegui deixar o amore um pouco longe disso, ainda bem. Ainda sinto que precisamos conversar, mas no geral tudo está bem. Eu o amo demais. Tanto, tanto, que dói saber que talvez ele fosse também envolvido na maldade. Medo dele acreditar em julgamentos alheios. Medo de me colocar perto de alguém que ele de certa forma tem algum tipo de ligação. Mas sinto que nosso lance se fortalece nas dificuldades, ainda bem. Não seria a primeira vez, não será a última. Ai, que difícil que é se relacionar com o mundo às vezes. Difícil demais. Suspiros... Muitos suspiros...

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Tão eu...

"Não quero rosas, desde que haja rosas.
Quero-as só quando não as possa haver.
Que hei-de fazer das coisas
Que qualquer mão pode colher?

Não quero a noite senão quando a aurora
A fez em ouro e azul se diluir.
O que a minha alma ignora
É isso que quero possuir.

Para quê?... Se o soubesse, não faria
Versos para dizer que inda o não sei.
Tenho a alma pobre e fria...
Ah, com que esmola a aquecerei?..."

(Fernando Pessoa)

segunda-feira, janeiro 03, 2011

De volta



Sonhei que estava na escola. Angústias muito fortes e revividas como se eu realmente estivesse ali. Impressionante e meio assustador. Fiz algumas constatações também. Percebi que desde 1990 dou importância demais a pessoas medíocres. Tá na hora de mudar, né?

domingo, janeiro 02, 2011

Sobre seres inferiores



A inveja, conforme Sebastián de Covarrubias, gravura século 16


Inveja é um sentimento de aversão ao que o outro tem e a própria pessoa não tem. Este sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materias como qualidades inerentes ao ser)e de tirar essa mesma coisa da pessoa, fazendo com que ela fique sem. É um sentimento gerado pelo egocentrismo e pela soberba de querer ser maior e melhor que todos, não podendo suportar que outrem seja melhor.

A origem latina da palavra inveja é "invidere" que significa "não ver". Com o tempo essa definição foi perdendo o sentido e começado a ser usado ao lado da palavra cobiça, que culminou, então, no sentido que temos hoje.

Os indivíduos disputam poder, riquezas e status, aqueles que possuem tais atributos sofrem do sentimento da inveja alheia dos que não possuem, que almejariam ter tais atributos. Isso em psicologia é denominado formação reativa: que é um mecanismo de defesa dos mais "fracos" contra os mais "fortes".

A inveja é originária desde tempos antigos, escritos em textos, que foi acentuado no capitalismo e no darwinismo social, na auto-preservação e auto-afirmação, a inveja seria, popularmente falando, a arma dos "incompetentes".

Numa outra perspectiva, a inveja também pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual.

Inveja é a última palavra de Os Lusíadas de Camões:


"Ou fazendo que, mais que a de Medusa,
A vista vossa tema o monte Atlante,
Ou rompendo nos campos de Ampelusa
Os muros de Marrocos e Trudante,
A minha já estimada e leda Musa
Fico que em todo o mundo de vós cante,
De sorte que Alexandro em vós se veja,
Sem à dita de Aquiles ter enveja."


É comumente associada à cor verde, como na expressão "verde de inveja". A frase "monstro de olhos esverdeados" (green-eyed monster, em inglês) se refere a um indivíduo que é motivado pela inveja. A expressão é retirada de uma frase de Otelo de Shakespeare.

A inveja é um dos pecados capitais no cristianismo.

A inveja também é um personagem do anime/mangá Fullmetal Alchemist, que possui cabelos verdes/negros, e o poder de transformar-se em qualquer objeto.

Napoleão Bonaparte costumava afirmar que "a inveja é um atestado de inferioridade".

**texto da Wikipedia

quinta-feira, dezembro 30, 2010

ano novo



Detesto quem fica falando mal do ano que passou. Como se o ano fosse inteirinho feito de coisas ruins. Não que seja inteirinho feitos de coisas boas, também. Porque não é. Mas, poxa, somos todos assim, né? Pedacinhos bons, pedacinhos ruins, pedacinhos mais ou menos, e vamos que vamos. 2010 foi um ano legal pra mim, porque trouxe coisas boas. Trouxe pessoas boas também, algumas vieram de volta, outras chegaram agora, e já me são muito especiais, e agradeço por elas de coração.
Relacionamentos são o que a gente leva desse mundo. Esses pequenos traços que nos ligam a outras pessoas especiais, é isso que fica, é isso que sobrevive, é isso que dá significado. Ano que vem é só mais um dia depois desse, mas tá valendo, a vibe de recomeço é sempre importante. Sem mágicas, mas com novo fôlego. Obrigada pra quem ainda tem paciência de aparecer por aqui e seguir meus devaneios. Que o novo ano renove esperanças e traga mais alegrias do que tristezas. Feliz 2011!

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Música de separação

Day Eleven: Love
(Ayreon)

[Me]
Friday night, I had a few
There she was, out of the blue
Thunderstruck, nailed to the floor
I couldn`t move, couldn`t talk...anymore

[Love]
Of all these guys it`s you she desires
Secretly her heart is on fire
Waiting for you to ask her to dance
Go ahead, make your move...now`s your chance

[Passion] Do it right, do it right, we ain`t got all night
Do it now, do it now, I think you know how

[Pride] Let it out, let it out, now don`t mess about
Let her in, let her in, let the party begin!

[Me] There I was, nervous and shy
Struck with awe as I caught her eye
I mustered up courage and walked her way
Figuring out what to do...what to say

[Love] Her heart sings as she sees you come near
The music fades, the crowd disappears
She weeps in silence as you pass her by
And she`s wondering why...oh why

[Passion] Do it right, do it right, we ain`t got all night
Do it now, do it now, I think you know how

[Pride] Let it out, let it out, now don`t mess about
Let her in, let her in, let the party begin!

[Agony] Remember your father, well you`re just like him
Nothing but violence and fury within
Remember your mother, so lonely and sad
This will be her fate if you treat her as bad

[Fear] You`re afraid she might turn you down
All your hopes dashed to the ground
Nobody loved you, nobody will
Why should you even try...but still...

[Me] Friday night, I had a few
[Wife] There was no need to talk
[Me] There she was, out of the blue
[Wife] We just started to walk
[Me] Hand in hand, we took the floor
[Wife] And we danced, and we danced, and we danced
[Me] I could move, I could talk...even more...

[Passion] Do it right, do it right, we ain`t got all night
Do it now, do it now, I think you know how

[Pride] Let it out, let it out, now don`t mess about
Let her in, let her in, let the party begin!

[Agony] Remember your father, well you`re just like him
Nothing but violence and fury within
Remember your mother, so lonely and sad
This will be her fate if you treat her as bad

sexta-feira, dezembro 03, 2010

The End

Porque esse texto também faz parte da série de separações.



Joker quase fingiu que se assustou quando a porta da sala bateu forte derrubando no chão o calendário de 2004 pendurado do lado de dentro, mas achou que não valeria a pena dar esse gostinho para ela. Não tirou, portanto, os olhos do notebook e permaneceu na mesma posição que estava, as mãos no teclado, as pernas bem abertas, a cabeça levemente virada de lado, o pé esquerdo balançando impaciente, como sempre.

Melissa também não se espantou quando, ao entrar, deixando a porta bater de propósito, o encontrou novamente virado de costas para o computador com a mesma roupa da última vez. Já fazia o que, uns dois anos que eles não se viam? Sim, ela calculava mais ou menos isso. Aquela bermuda jeans desfiada nas barras talvez já pudesse parar em pé sozinha, de tão dura e encardida. A pulseira hippie feita pelo Zee com sementes variadas ainda não havia arrebentado, impressionante. Já era praticamente impossível ler a frase estampada nas costas da camiseta laranja desbotada, mas ela sabia o que era: "Viddy well, little brother." O tênis, originalmente azul claro, parecia preto. O chapéu côco com parte da aba etrategicamente virada não era exatamente um bom sinal.

Pra que olhar, se ele poderia sentir a presença dela há quilômetros de distância? Seus sentidos aguçados a detectariam para sempre. Aquele perfume ridiculamente comum, fresco e amadeirado, reagia de um modo completamente especial em contato com a pele dela, e essa fragrância meio exótica tinha o poder de fazê-lo relembrar de sons, gostos, texturas, cores e histórias. Ele gostava daquele gatilho que o cheiro dela provocava nele e, portanto, já havia decidido que não faria nada para mudá-lo. Afora os sentidos aguçados, havia uma conexão ainda mais forte e impossível de se conter. Como deter a mão de Malkav? Era incontrolável, a trama seguia sozinha, e eles sempre estariam nela, conectados.

Foi por conta da trama que ela havia vindo. Foi praticamente direcionada, mas ela não sabia muito bem se por ele ou por completo acaso. As vozes nunca foram tão claras com ela quanto eram com ele, mas estavam mais fortes e objetivas. Sentia falta do que ele representava. Uma proteção diferente, como uma barra de ferro meio bamba no carrinho da montanha russa. Aquela segurança que você nunca tem certeza mesmo se vai adiantar de algo, mas que é onde você se agarra quando a descida vai se aproximando. Ela gostava do jeito descontraído dele, das risadas sempre garantidas, daquela empolgação quase infantil diante das novidades. Ele era diferente dos outros vampiros, porque a idade simplesmente parecia não pesar sobre suas costas.

- Foram como ecos distantes ou estavam mais nítidas dessa vez? - ele perguntou de repente
Ela engoliu em seco antes de murmurar:
- Altas e claras.
- Que bom. Legal. Fico feliz por você...
- Eu vim porque...

Ele arrastou a cadeira de rodinhas para trás, virou-se e se colocou de pé tão rápido que ela deu um pulo na direção da parede, arregalando os olhos. Ele riu alto.
- Como sempre, assustada... Será que nunca vai mudar?


- Sempre tive dificuldade de reagir às suas surpresas
- Achei que gostava delas
- Eu gosto.

A expressão dele relaxou um pouco. Olhou para aquela menina de roupas indianas, pele muito clara, sandálias rasteiras. Os cabelos vermelhos e curtos pareciam brilhar de tão intensos. Ele se aproximou com o olhar terno e fingiu tocar nela, apesar de manter as mãos à distância. Fez um "carinho" nos cabelos, sem tocá-la, passou as costas da mão pelo seu rosto, sem sequer encostar em sua pele. Era como uma mímica, um teatro. Ela fechou os olhos por alguns instantes quando recebeu um tapa violento, que a jogou no chão do quarto.

- NÃO ABRA A GUARDA, MELISSA!! NÃO SEJA IDIOTA!! - ele gritou, fazendo as prateleiras da estante tremerem.

Lágrimas de sangue escorreram pelo rosto límpido da garota. Ela sabia, ela sabia. A dor era mais forte por dentro do que por fora.

- Foi isso que eu senti morrer, não foi?
Ele voltou a se sentar diante do computador, não sem antes estalar os dedos das mãos e o pescoço, como ele costumava fazer quando estava nervoso. A perna dele passou a se movimentar ainda mais impaciente, e o olhar vagava pela tela enquanto os dedos comandavam o teclado arrastando para baixo imagens e textos que ela não conseguia identificar bem. Falou ainda em tom alterado, e sem olhar para ela:

- O amor foi morrendo um pouco por dia, junto com toda a esperança que eu trazia.
- Eu não tive culpa, Joker...
- Ninguém nunca tem, meu bem - e dessa vez sua frase foi verdadeiramente carinhosa - ninguém nunca tem...

Ela se levantou devagar, limpou o rosto com as duas mãos e andou até o lado dele, dizendo em seguida, tentando dar firmeza à voz:

- Eu vim porque preciso que você me deixe ir...
- Não muda nada eu deixar enquanto você mesma não quiser...
- Mas eu quero!
Ele olhou para ela com seriedade:
- Então, se é mesmo assim, eu deixo.

Se encararam por alguns segundos, Melissa sem saber o que dizer. Ele resolveu falar antes:

- Não achou que ia ser tão fácil?
- E quem disse que foi fácil?

Ele estava satisfeito. Tirou o chapéu e colocou suavemente na cabeça dela. Ela aceitou o gesto, como uma verdadeira pupila deve fazer.

- Não pense que é um presente. É mais uma sina do que um agrado.
- Eu conheço bem o efeito.
- Ao mesmo tempo, ele é a força que te faltava. A gana mesmo. Mas tem consequências. Todas aquelas que você já sabe.

Ela balançou a cabeça, concordando. Já era hora de ir. Ela ainda lamentou:
- Não tenho nada pra te deixar.
Ele riu.
- Já está tudo comigo, não se preocupe.

O riso se transformou num sorriso meio forçado, sem mostrar os dentes, uma expressão que ele tinha o costume de fazer quando queria dizer que estava tudo bem, mas na verdade não estava. Fez isso e voltou ao computador. Ela olhou para ele pela última vez, embargada. Nao era fácil, mas era preciso. Saiu então da casa com seu chapéu côco, pronta para, talvez, nunca mais voltar.

"...Quando eu me sinto um
pouco rejeitada
Me dá um nó na garganta
Choro até secar a alma
de toda mágoa
Depois eu parto pra outra
Como um mutante
No fundo sempre sozinha
Seguindo o meu caminho
Ai de mim que sou romântica!..."

(Mutante - Rita Lee)

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Street of Dreams



"All the love in the world couldn't save you

All the innocence inside

You know I tried so hard to make you

To make you change your mind

And it hurts too much to see you

And how you left yourself behind

You know I wouldn't want to be you

Now there's a hell

I can't describe

So now I wander through my days

Trying to find my way

Still these feelings that I felt

I saved for you and no one else
And though as long as this road seems

I know its called the street of dreams

But that's not stardust on my feet

It leaves a taste that's bittersweet

That's called the blues

I don't know just what I should do

Everywhere I go I see you
Although its what you planned, this much is true, oh oh

What I thought was beautiful don't live inside of you, anymore...

I don't know just what I should do

Everywhere I go I see you
You know it's what we planned, this much is true, oh oh

What I thought was beautiful don't live inside of you, anymore...

What this means to me

is more than I know you believe


What I thought was you now

Has cost more that it should for me
What I thought was true before

Were lies I couldn't see

What I thought was beautiful

Was only memories..."


(Guns n´roses - Street of Dreams)

quarta-feira, novembro 24, 2010

Dossiê dos Homens - parte 1

Atendendo a pedidos, segue a primeira parte do "Dossiê Fraude dos Homens com os quais as Mulheres não querem ter Intimidade Nenhuma", um trabalho em resposta ao "Dossiê Fraude sobe as mulheres das quais devemos manter distância", que me foi enviado ontem por um amigo querido, André Diniz.
Publicarei uma parte por dia pois nós mulheres sabemos que os rapazes não conseguem lidar com quantidades muito grandes de informação. :))
Recebam com o mesmo bom humor e alegria com o qual recebemos o Dossiê relativo às mulheres.
Agradeço desde já a colaboração inestimável de Luciana, Tatiane e Cristina, que tanto engrandeceram o resultado final deste trabalho. :))
beijinhos,
Kathy


ABELHUDO

Principais problemas: Ele quer saber de tudo: o que você está fazendo, onde você está e, principalmente, com QUEM está. Fuça nas suas coisas, tenta descobrir as suas senhas, faz perguntas indiscretas, cerca, sufoca, enfim, CANSA. Cansa só de ler, né?
Benefícios: Não dá pra negar, ele te conhece bem e é interessado, mas é tudo ilusão, amiga, ele vai usar tudo que sabe contra você mesma. Mantenha distância.




ADVOGADO

Principais problemas: Pra que se envolver com alguém que sempre acha que tem toda razão, e ainda consegue provar por A + B que ele está certo, vibrando com sua “vitória”? Preguiça, né? É, eu também tenho.
Benefícios: sabe o preço dos honorários de um bom advogado? Guarde o telefone dele.



BURRO

Principais problemas: Precisa explicar? Se precisar, talvez seja um exemplar típico da categoria.
Benefícios: Tente manter a boca dele ocupada pra que ele fale o mínimo possível.



BAIXISTA/BATERISTA

Principais problemas: Músicos em geral são um ímã para groupies, mas fortes indícios demonstram que essas duas categorias estão entre as mais problemáticas. As tietes, desesperadas por atenção, vestindo suas saias curtíssimas, e com muito delineador no olho não pouparão esforços. Por isso, poupe-se você.
Benefícios: Não há. Eles são extremamente charmosos, há risco concreto de se apaixonar perdidamente e talvez de virar groupie. Passe longe.



COMPROMETIDO

Principais problemas: Tá, eu sei, existem situações incontroláveis no mundo, mas essa é a roubada master. Vinte por cento de chances dele ter se apaixonado por você, trinta por cento de chances dele estar entediado no relacionamento e morra de medo de terminar com a oficial e cinqüenta por cento de chances dele estar entediado no relacionamento e nunca nem pense em terminar com a oficial. Matematicamente, oitenta por cento de chance de você estar fazendo papel de idiota. Estatística é um saco, né?
Benefícios: Você é a novidade, portanto, ele vai se dedicar. Muito. Se conseguir aproveitar sem se envolver e sem se culpar pode ser divertido.

CONCURSEIRO
Principais problemas: Ele não perde UM edital, mas o encontro que vocês tinham marcado ele esqueceu, né? Não se iluda pensando que vai melhorar quando ele finalmente passar. (vide tópico “servidor público”). Se não passar em nada, então, vixe... (vide desempregado).
Benefícios: Er... emprestar as apostilas? Não, não, esquece, não tem!

DEBOCHADO
Principais problemas: Ele se acha tããão engraçado, né? Pena que essa seja uma opinião exclusiva dele mesmo.
Benefícios: Uma em cada dez piadas pode ser engraçada. O problema são as outras nove.



DESEMPREGADO

Principais problemas: ok, ok, pode ser uma situação transitória, por isso damos a esse moçoilo um prazo de dois meses. Ta mais que bom. Passou disso, periga ficar acomodado, periga deprimir, periga largar tudo e virar hippie, periga você ter que sustentar ele. Redistribua senhas e mande a fila andar. Rápido!Benefícios: Uma coisa temos que admitir: ele tem bastante tempo livre. Resta saber aproveitar.

segunda-feira, novembro 22, 2010

Prosa da separação - parte 5

Quatro anos e meio de relacionamento terminados num banco do playground do prédio. Como se fossem quatro meses. Eu me lembro do quanto olhei pro chão e não para os olhos dele. Me lembro nitidamente dos desenhos das lajotas no chão, mas não da expressão dele. A conversa mais amigável do universo, uma compreensão mútua de que aquilo era mesmo o melhor a ser feito. O melhor pra nós dois. Um beijo de despedida. Há coisa mais racional que um beijo de despedida? Mais uma vez, chorei porque achei que caía bem. Me sinto uma psicopata falando isso, mas não senti nada. Nada. Vazio. Talvez tenha feito o que ele não tinha coragem de fazer. Talvez tenha pego ele tão de surpresa que ele não reagiu. Não sei explicar, não tenho muito a dizer. Nos vimos de novo quando minha mãe morreu. Ficou ainda mais nítido naquele momento o quanto éramos irmãos e não mais namorados. Porque parece que ele sentiu aquela perda na mesma intensidade que eu senti. Foi muito importante tê-lo do meu lado naquele momento. Foi a última vez que nos vimos, também. A última lembrança é do final do enterro, dele abaixado junto ao túmulo da minha mãe, chorando copiosamente. Foi o último a sair de lá. Voltei para ampará-lo, largando a família meio perplexa à minha volta, incluindo o namorado da época. Foi uma perda conjunta, definitivamente. Um rompimento em dois atos.

Prosa da separação - parte 4

Que eu podia mais fazer? Você sabia que eu estava infeliz. Eu tenho certeza absoluta que você sabia. Mas você estava enfiado com tanta dedicação no seu próprio mundo que esqueceu de olhar para os lados. Esqueceu de dar valor para quem estava mais perto. Simplesmente foi me deixando cada vez mais de lado. Eram dias sumido. Horas e horas depressivas trancados no quarto escuro. Era aquele quarto escuro que tirava sua atenção de mim. E você simplesmente não aceitava minha mão estendida pra você. Chamando pra olhar o mundo lá fora. Nem que fosse pela janela. Cansei de ouvir nãos. A cena que me marca é de você chorando. Chorando muito, muito. Ainda trago aquela cena comigo. Quem diabos escolhe terminar um namoro de dois anos na praça de alimentação de um shopping? Quem teve essa idéia idiota? Você simplesmente dirigiu até lá sem dizer sequer uma palavra, fato inédito pra você, que falava para espantar o silêncio. Sua dor profunda naquele momento me tocou. Pena que foi tarde demais. Depois de tanta dor veio a raiva. Uma raiva ferina, que fazia ranger dentes, que te fazia rosnar. Nunca havia sido alvo de tanto ódio. Hoje, vários anos depois, entendo que você demonstrava seu amor das formas mais diferentes possíveis. Eu não entendia, ninguém nunca havia me ensinado sobre isso. Foi você quem me ensinou, e te devo essa pra sempre. Desculpa não ter aprendido a tempo, mas foi melhor assim. Pra nós dois.

Prosa da separação - parte 3

O segundo doeu mais, e ele nem era namorado. Dele eu gostava um pouquinho, e pela primeira vez a rejeição foi verdadeira mesmo. Rejeições platônicas aceitam interpretações variadas. Rejeições reais sangram, dóem. Não é assim a melhor das sensações, definitivamente. Legal é ver que quinze anos depois o cara ainda me procura. Sempre do mesmo jeito, como quem não quer nada, sondando terreno. E de tempos em tempos eu tenho a chance de me vingar. De novo, e de novo. Vingança sendo devorada fria e em pequenas porções. Indescritível.

Prosa da separação - parte 2

O primeiro entre todos os namorados terminou comigo num sumiço mesmo. Ele se foi, desapareceu, nunca mais ligou. Quer dizer, até ligou, mas já estava longe. Em outra cidade, outra vida. E tipo, tudo bem. De verdade que tudo bem. Foi mais alívio do que tristeza. Carimbei o passaporte, já podia dizer que estava por dentro do clubinho. Tinha dezesseis e hoje, só hoje, entendo o quanto eu era nova. E olha que eu me achava uma velha. Fingi chorar. Caía bem. Mas de verdade, nem doeu.

Prosa da separação - parte 1

A única coisa que eu lembro é que eu fui te buscar bêbada no metrô. Tá, você não entendeu. Eu me lembro de muitas outras coisas, mas do fim, de quando acabou mesmo, eu só lembro disso. Juntei toda minha dignidade que se espalhava em pedacinhos pelo chão da cidade e fui até você. Porque parecia que eu te devia isso. Te devia essa satisfação, essa atenção, ou seja lá o que possa ter significado meu nobre gesto. Eu andava com raiva já, nesse ponto. É, raiva. Raiva não é um sentimento legal pra gente cultivar por alguém com quem passou tanto tempo junto. Mas eu tinha. Uma raiva de quem está apertada numa caixa, sem respirar, e de repente encontra a pessoa que te prendeu lá. Não, não me entenda assim tão literalmente. Estou resgatando sensações, e são elas as que surgem quando penso naquele começo de manhã em São Paulo, eu caminhando pela Frei Caneca com todo o peso da culpa nas minhas costas. Caminhando até você. Bêbada, com uma informação fixa na cabeça: "preciso chegar até o metrô, preciso chegar até o metrô". Você fez piada, como sempre, e eu que já andava brava me irritei ainda mais. Você nunca entendeu bem minhas reações negativas ao seu eterno bom humor, eu sei. E foi isso. Não sei dizer mais nada sobre nós. Lembranças doloridas são deletadas por um filtro especial da minha mente. Não sei se é bom ou ruim ter o tal filtro, mas já aprendi que é difícil resgatar sozinha qualquer informação lá de dentro. Dói. Daí vira e mexe acabo mesmo desistindo de procurar demais. Então fico com essa cena. Meu rímel borrado, e você rindo, rindo. Fade out.

sexta-feira, novembro 19, 2010

Got to get you into my life


Eu não vou ver o show.

Achei caro demais, embora tenha batido um arrependimentozinho de leve.

Mas queria muito ouvir essa. (Viu, Paul!?)
Pra eu dedicar pro amore... Toca, vai? :)

"...I was alone, I took a ride,
I didn’t know what I would find there.
Another road where maybe I
Could see another kind of mind there.
Ooh then I suddenly see you,
Ooh did I tell you I need you
Ev’ry single day of my life?
You didn’t run, you didn’t lie,
You knew I wanted just to hold you,
And had you gone, you knew in time
We’d meet again for I had to hold you.
Ooh you were meant to be near me,
Ooh and I want you to hear me,
Say we’ll be together ev’ry day.
Got to get you into my life.
What can I do, what can I be?
When I’m with you I want to stay there.
If I’m true I’ll never leave,
And if I do I know the way there.
Ooh then I suddenly see you,
Ooh did I tell you I need you
Ev’ry single day of my life?
Got to get you into my life.
Got to get you into my life.
I was alone, I took a ride,
I didn’t know what I would find there.
Another road where maybe I
Could see another kind of mind there.
Ooh then I suddenly see you,
Ooh did I tell you I need you
Ev’ry single day of life?
What are you doing to my life?..."

(Got to get you into my life - Lennon / McCartney)

terça-feira, novembro 16, 2010

Se você telefonasse




"...Olha, estou escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa.

Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir.

Eu não achei que ia conseguir dizer, quero dizer, dizer tudo aquilo que escondo desde a primeira vez que vi você, não me lembro quando, não me lembro onde.

Hoje havia calma, entende?

Eu acho que as coisas que ficam fora da gente, essas coisas como o tempo e o lugar, essas coisas influem muito no que a gente vai dizer, entende?

Pois por fora, hoje, havia chuva e um pouco de frio: essa chuva e esse frio parecem que empurram a gente mais pra dentro da gente mesmo, então as pessoas ficam mais lentas, mais verdadeiras, mais bonitas.

Hoje eu estava assim: mais lento, mais verdadeiro, mais bonito até.

Hoje eu diria qualquer coisa se você telefonasse."

(Caio Fernando Abreu)

Pena que você não telefonou. Né?

segunda-feira, novembro 15, 2010

Dream of you


"I don't know why but I do
Dream of you.
Losing you
I dream of you.
I don't know why but I do
Think of you.
Though we're through
I think of you.

Is it the same way for you?
Doesn't hi and goodbye sound so cruel?
How can I take my heart from you?
Even even though I'm losing you,
I still dream of you.
I dream of you.

I don't know why but you still
Give me chills.
Through your faults and pills
You still give me chills.
Is it the same way for you?
Doesn't hi and goodbye sound so cruel?
How can I take my heart from you?
When even though I'm losing you
I still dream of you.
I dream of you.

Placebo Effect



A gente é tão parecido que acaba incomodando um ao outro. Ao mesmo tempo somos tão diferentes que discordar passa a ser até divertido.

É lindo, né?

Também acho.

A música só vai fazer efeito pra você e pra mim, não é a coisa mais legal do mundo?

Te odeio. E te amo, mais ainda. S2

"...You dip your hands into my flesh
And say you won't reveal a scar
I must have faith in this procedure
It's a miracle-It's a wonder
A thousand hidden needles
In a thousand covered nerves
Stick pins in my receptacles
Look to your Voodoo doll-your mojo
Staying alive at five
For you to cure my ailments
Another soul is saved
With your bogus medications
What colour shall we have today?
Depends on how you feel I say
Consult your research on the media
See blue will calm my hysteria
Staying alive at five
For you to cure my ailments
Another soul is saved
With your bogus medications
Staying alive at five
With your empty containers
Another corpse ornaments your waiting room
Will you ever regret-the placebo effect
Can you ever forget-the placebo effect..."

(Siouxie and the Banshees - Placebo Effect)

sábado, novembro 13, 2010

Martelando



Ontem eu tive mais uma daquelas minhas enxaquecas épicas. Foi um dia muito cansativo fazendo compras pra festa de confraternização de fim de ano no trabalho. Eu e minha companheira de trabalho comemos mal pra caramba, andamos muito, carregamos peso, enfim, foi exaustivo. Sabemos que o resultado será muito legal, porque as compras foram ótimas, mas minha cabeça estava explodindo, estourando. Foi um fim de dia bem ruim, mesmo. Foi uma dor tão forte que minha cabeça está latejando até agora, sem dor, mas ainda latejando. Terrível.

"...If I had a hammer
I'd hammer in the morning
I'd hammer in the evening
All over this land
I'd hammer out danger
I'd hammer out a warning
I'd hammer out love between
My brothers and my sisters ah-aaah
All over this land

If I had a bell
I'd ring it in the morning
I'd ring it in the evening
All over this land
I'd ring out danger
I'd ring out a warning
I'd ring out love between
My brothers and my sisters ah-aaah
All over this land.

If I had a song
I'd sing it in the morning
I'd sing it in the evening
All over this land
I'd sing out danger
I'd sing out a warning
I'd sing out love between
My brothers and my sisters ah-aaah
All over this land.

I got a hammer
And I got a bell
I got a song to sing
All over this land
It's the hammer of justice
It's the bell of freedom
It's the song about love between
My brothers and my sisters
All over this land
All over this land
All over this land
All over this land
All over this land..."

(If I had a hammer - Peter, Paul and Mary version)

Algo que vale a pena



"Já mudei tudo de lugar
Inventei muitas frases pra dizer
Mas mesmo assim
Eu ainda estou só

Já comprei todos os long plays
Dos artistas que você sempre gostou
Mas mesmo assim
Eu ainda estou só

E eu não vou nem ligar se você me disser
Que não vai mais voltar
E eu não vou nem ligar se você me julgar
Mais um cara vulgar
No fundo deste poço achei algo que vale a pena

Já roubei muitos corações com as canções mais nervosas
Que o mundo há de ouvir
Mas agora estou só

E não pense que é tão ruim
Sendo só, os meus discos posso ouvir e ser feliz
Bem longe de ti..."

(Pública - Long Plays)

quarta-feira, novembro 10, 2010

Ooh, it makes me wonder




"...There's a lady who's sure all that glitters is gold
And she's buying a stairway to heaven
When she gets there she knows, if the stores are all closed
With a word she can get what she came for
Ooh, ooh, and she's buying a stairway to heaven

There's a sign on the wall but she wants to be sure
'Cause you know sometimes words have two meanings
In a tree by the brook, there's a songbird who sings
Sometimes all of our thoughts are misgiven
Ooh, it makes me wonder
Ooh, it makes me wonder

There's a feeling I get when I look to the west
And my spirit is crying for leaving
In my thoughts I have seen rings of smoke through the trees
And the voices of those who stand looking
Ooh, it makes me wonder
Ooh, it really makes me wonder

And it's whispered that soon if we all call the tune
Then the piper will lead us to reason
And a new day will dawn for those who stand long
And the forest will echo with laughter

If there's a bustle in your hedgerow, don't be alarmed now,
It's just a spring clean for the May Queen
Yes, there are two paths you can go by, but in the long run
There's still time to change the road you're on
And it makes me wonder

Your head is humming and it won't go, in case you don't know
The piper's calling you to join him
Dear lady, can you hear the wind blow, and did you know
Your stairway lies on the whispering wind

And as we wind on down the road
Our shadows taller than our soul
There walks a lady we all know
Who shines white light and wants to show
How everything still turns to gold
And if you listen very hard
The tune will come to you at last
When all are one and one is all
To be a rock and not to roll

And she's buying the stairway to heaven..."


(Led Zeppelin - Stairway to Heaven)

A musica que pra sempre vai me ajudar a lembrar de quando os seus olhos sorriram mais do que nunca pra mim. :)
Tão, tão, tão, tão feliz que até dói.... :)

terça-feira, novembro 09, 2010

pra sorrir

"Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo"

Que bom que eu tenho você comigo. Que bom, que bom, que bom. Senão nada mais faria sentido. De verdade. Que bom que você está sempre aí, meu amor. Eu estarei sempre aqui pra você também. Sempre, sempre.

Muito, muito amor.

R.S.V.P.



"So much confusion
when autumn comes around
What to do about October?
How to smile behind a frown?


It's hard to settle down
It's so bemusing

Will they cancel the parade?
We marched each October
Now they say we were never even saved

We must be very brave

Shall I rewrite or revise
my October symphony?

Or as an indication
change the dedication
from revolution to revelation?

So we're all drinking
as leaves fall to the ground
because we've been thinking
how October's let us down
then and now

Shall we remember
December instead?
Or worry about February?
Mourn our war-torn dead
never seeing red?

Shall I rewrite or revise
my October symphony?
Or as an indication
change the dedication
from revolution to revelation?"


(My October Symphony - Pet Shop Boys)



Será que eu preciso reescrever algo? Revisar? Mudar a dedicatória? Muita, muita confusão. Será que eu preciso me lembrar de dezembro? Me preocupar com fevereiro? Muita, muita confusão... Como sorrir? O que fazer? Como se acalmar? Tudo tão, tão confuso...

domingo, novembro 07, 2010

Valsa de Celine



***********spoiler héim?

Porque tanto ele quanto ela transformaram seu amor em arte. Porque nenhum dos dois imaginava o quanto era importante um pro outro. Porque é lindo se declarar, seja da forma que for. Essa música tá sempre nos meus mp3 e celulares. Sempre, sempre. Acho que nunca tinha colocado aqui no blog. Tá mais do que na hora.

sábado, novembro 06, 2010

Antes do Amanhecer



"There's a wind that blows in from the north.
And it says that loving takes its course.
Come here. Come here.
No I'm not impossible to touch I have never wanted you so much.
Come here. Come here.
Have I never laid down by your side.
Baby, let's forget about this try.
Come here. Come here.
Well I'm in no hurry. you don't have to run away this time.
I know that you're timid.
But it's gonna be all right this time."
(Kath Bloom - Come Here)

Um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, uma das cenas mais lindas de todos os tempos. "Mas não acontece nada", já ouvi dizerem. É. Não acontece nada. :)

quinta-feira, novembro 04, 2010

Tchau!



"Um pingo de chuva estourou na pedra de gelo do meu whisky
Lembrei de ti
Que sempre quer botar pingo de "i" em ipsilone
Que é que há?
Parece até que sou um livro mal escrito
E que você é uma caneta cor vrmelha
Rasurando o que não aceita e nem consegue decifrar
Outras vezes você tenta, feito louca, rasgar as minhas páginas
Mal eu esqueço do que lembrei
Você aparece
"Olá"
"Olá coisa nenhuma" é o que me diz
Roubando meu whisky pra falar
Que eu te beijo como Judas beijou Cristo
Pois leva o tempo a imaginar como seria
Com quem e quando eu trairia o que jamais jurei te dar
Põe em minha boca palavras que não são minhas
Com voz trêmula e trágica
E me ameça quando diz "eu vou embora"
Ora... Vá!
Você tem seu direito de ir e vir
Mas eu tenho o meu de querer ficar
Não precisa de um pedido de Habeas Corpus
A porta está aberta
Você tem seu direito de ir e vir
Mas eu tamnbém tenho o meu direito de querer ficar
Não precisa de um pedido de Habeas Corpus
A porta está aberta...
Tchau!"

(Habeas Corpus - Maurício Baia)

quarta-feira, novembro 03, 2010

Cérebro


Eu amo histórias de zumbi. Ontem teve zumbi walk aqui em São Paulo, mas não fiquei afim de participar. Porque meu lance é atirar na cabeça deles mesmo. Sou metamorfose ambulante, mas em certos temas não é possível mudar de lado. :) Ontem também rolou a estréia de The Walking Dead. Curti o começo da série. Adoro o Andrew Lincoln (Love Actually), que está fazendo o papel principal, embora o personagem seja uma lástima por enquanto. Por que diabos o cara se veste de policial em um mundo infestado de zumbis? Por que diabos ele resolve andar a cavalo? Por que diabos ele tem compaixão? rs... Detesto amadores. :) Pra variar, morrendo de vontade de um bom rpgzinho de zumbi. Alguém se anima? Alguém?

sábado, outubro 23, 2010

segunda-feira, outubro 18, 2010

Ghost


"Lock all the windows
I know it sounds simple
You never know who's listening

Turn off the TV
I know it sounds crazy but
I can feel you coming in

'Cause there's a ghost in this house
When he sings it sounds just like you
When he falls it brings me down too

So I put myself to sleep and
And the birds out on the street
They keep talking about the year
I can hear it

Does it get easier to do?
Does it get
Does it get easier to do?"

(Ghost - Robyn Dell´unto)

Só pra te lembrar que quando você cai, invariavelmente, me derruba também.

domingo, outubro 17, 2010

S2



Kai e Travis - Alien like you

Alien like you


"I know that you don't
Know that I know what you know
We've got secrets between us that
Nobody else would believe if we told them
So let the stars align
And let the water make wine 'cause
Broken souls will become whole tonight, oh tonight
We know it's right so

CHORUS
Lift your eyes and let me in
'Cause baby I'm an alien like you
Would you ever wake at night and realize
The reason why you knew me then
Is maybe I'm an alien too
Would you ever let me be an alien with you"

terça-feira, outubro 12, 2010

Being Aurea




"It's clearer inside of me

Who I will always be
Here
at the corner of my heart

Mystics and cynics and crystals and memories
Beginning to light up the stars
Shining or lighting the night
Raising the veil from my eye
Waking me up to the light in my life

Cause of my strength
Sum of my dreams
And everything I ever wanted to be...

Here I am this is me where
I've been
In the dark (and)
in the night (and)
in the road in the right..

Calm is energy
Give me my destiny
Everything happens for a reason
Every choice that I make
Changes the cause I take
Won't be afraid when I make mistakes
Open my arms and give in
Do it all over again
Do it all over again
Get that again
To get to the end

I'm who I am now.
I'm gonna find the answers
and
Yes I know how I know I can win
Sum of my dream
And everything I ever wanted
And everything I ever wanted to be
Here I am this is me, who am I, wait and see..."

(Lily Frost - All I ever wanted to be)