quarta-feira, outubro 29, 2008

Ufa!

Quarta-feira é dia de pesar. Dessa vez eu peguei firme mesmo no regime, não falei?
Emagreci mais 1 quilo e 200. Estou pesando 70,8 kg. No total já mandei embora 3 quilos e 200 em três semanas.

Vieram me perguntar como estou fazendo, mas não é nada demais mesmo. Primeiro, estou tomando florais (auto estima vai lá pro alto). Segundo, o calor anda me deixando sem fome mesmo. Eu uso o esquema do vigilantes, é um esqueminha super prático de soma de pontos. Com o tempo você nem precisa mais ficar somando tudo, automaticamente vai fazendo escolhas melhores e mais saudáveis. É bem prático.

Outra coisa que tenho feito direitinho é caminhar bastante. Mesmo no fim de semana, peguei o Samuel e me mandei pro parque. Caminhei muito, foi bem gostoso. Durante a semana caminho depois do almoço, todos os dias.

Da outra vez que eu fiz o primeiro mês foi também o auge do emagrecimento, e depois a coisa estaciona mesmo. Estou hiper consciente disso, de que daqui pra frente a tendência não é mais emagrecer quilos, mas sim gramas. Outra coisa importante é que vem aí a TPM, o que significa inchaço e retenção de líquidos, e naturalmente uma perda menor de peso. O importante é não desistir, espero que dessa vez eu vá até o fim, rs...

terça-feira, outubro 28, 2008

arrepio

Andei lendo de novo umas coisas antigas. Como eu era ousada! Como eu falava tudo o que sentia, sem sequer engasgar! Como ando medrosa e contida, um medo bobo que nunca fez parte de mim. Cautela, medo de quebrar a cara, que será? Não sei identificar, e olha que eu nunca achei que ficaria assim. Tenho ímpetos em que aquela velha menina parece passear por aqui, mas dura pouco. Em geral a racionalidade predomina. Preciso estar muito à vontade pra menininha aparecer de novo dizendo aquelas coisas meio sem sentido, mas que pra mim sempre fazem, e soam tão apropriadas, como se não existissem em outros lugares sem ser naqueles momentos.

Mesmo não me reconhecendo em certos momentos, parece ser o melhor agir com cautela. Não quero me precipitar demais (a menininha aqui dentro agora assopra no meu ouvido dizendo: vai! precipite-se! se joga!), mas eu faço um psiu com cara de mãe brava pra ela, e a pobrezinha de aquieta.

É bom também viver cada momento de uma vez. É bom ter certeza absoluta da verdade do que se fala. Não que antes eu não tivesse certeza absoluta, mas apenas fazia parecer que algo seria eterno quando na verdade era um sentimento tão forte que tinha dimensões eternas. Mas eu não sustentei. Me doei tanto, me entreguei com tanta força, que o sentimento se esgotou, e escorreu ralo abaixo.

Dessa vez não quero nada escorrendo. Quero sentir tudo sim, intensamente, mas quero também que seja algo com o qual eu possa lidar, algo que eu possa sustentar sem que meus joelhos se dobrem. Quando o peso vai aumentando devagar e gradativamente, a gente se prepara pra ele, e não despenca. Pelo contrário, vamos ficando mais fortes, mais seguros, mais preparados.

Acho que a menininha vai embora mesmo, e voltará só pra visitas furtivas, praqueles momentos em que o sentimento é tão intenso, que precisa ser colocado pra fora de imediato. Tô crescendo, acho... Que bom, né?

Afora isso, estou meio que estagnada. Faço as coisas do trabalho porque sou obrigada, mas tenho umas coisas paralelas pra resolver e ando desanimada, meio que sem vontade de pegar firme. Tenho emails pra responder, florais pra pendular, projetos pra tocar, contas pra acertar, e ao mesmo tempo uma vontade imensa de ficar quieta, calada, observando o movimento. Costumo respeitar esses ímpetos, mas não sei quanto tempo poderei continuar assim sem me prejudicar. Enfim, cá estamos...

"...But on and on
From the moment I wake
To the moment I sleep
I'll be there by your side
Just you try and stop me
I'll be waiting in the line
Just to see if you care..."

(Coldplay - Shiver)

quinta-feira, outubro 23, 2008

um mais um mais um

Dá três. Um quarto de ano, pros mais afobados. Parece pouco? Passou rápido, e ele diz que quando tá bom passa assim rápido mesmo. E eu acredito, como acredito em tudo que ele me diz com aquele jeitinho de sabe-tudo. Ainda não deu vontade de duvidar de nada. Legal quando é assim, né? Uma confiança gostosa mesmo, misturada com admiraçao e com uma vontade absurda de sentar e ficar ouvindo ele falar. Talvez porque ele não fale muito. Na verdade até que ele fala bastante sim, mas não é sempre e não é com todo mundo. Comigo tem falado a cada dia mais. Mas tem ficado mais calado também, e eu nem tenho me incomodado com o silêncio. Tenho gostado, até. Porque invejo um pouco essa capacidade de se calar sem ficar um vazio chato. Tenho tentado aprender um pouco com esses silêncios, com essa calma, com essa presença que não invade, que só me acrescenta. Me atrapalho ainda com algumas coisas, porque andava acostumada com a falta de certezas, mas é melhor assim, muito melhor. Saber quando onde como e por que. Não me angustia, não me maltrata, tenho respostas, tenho algo com o que lidar. Um mês, mais um mês, mais outro mês e cá estamos. Ninguém lembrou do aniversário de 3 meses, mas não importa. Não mesmo. Como já disse antes, a data certa é o que menos importa. Ainda assim ando gostando por demais de fazer esses tipos de considerações. Deve ser coisa da idade essa repentina empolgação de lembrar datas e comemorá-las, não sei. Velhice é fogo, rs. Mas talvez seja bom registrar mesmo. A mudança, as folhinhas do calendário caindo e o sentimento ficando de repente mais paupável, mais definido mesmo. Porque a gente vai se reconhecendo e vou encontrando nele a cada dia mais uma porção de pequenos detalhes que fazem diferença pra mim. Pro bem, é claro. Vou ancorando ali e me deixando ancorar. Pronto. E aí, bora mais três? Atenção à progressão...

"Para que servem os anjos?
A felicidade mora aqui comigo
Até segunda ordem"
(A montanha mágica - Legião Urbana)

Nada a ver?

"Perdoe a minha precariedade e as minhas tentativas inábeis, desajeitadas, de segurar a maçã no escuro. Me queira bem. Estou te querendo muito bem neste minuto."

"- O que há em mim e não compreendes é o mesmo que há em ti, e tampouco compreendes."

(Caio Fernando)

quarta-feira, outubro 22, 2008

2 quilos já foram

Quarta-feira novamente...
Nada como essa primeira semana de regime! Por conta da desintoxicação emagreci 2 quilos redondinhos... Estou pesando 72kg...
Parece bobagem, mas faz uma diferença danada, principalmente na auto-estima...
Viva!!
Agora a tendência é emagrecer cada vez menos, mas estou feliz!

quinta-feira, outubro 16, 2008

Bendita quarta-feira

É, eu sei que hoje é quinta.
Mas é que tô falando de ontem, meu povo...
ai ai...

Quer brincar de pra sempre comigo, menino bonito?
Tô tão feliz que só quero saber de você hoje.
Sempre e sempre e pra sempre.

"Benditas coisas que eu não sei
Os lugares onde não fui
Os gostos que não provei
Meus verdes ainda não maduros
Os espaços que ainda procuro
Os amores que eu nunca encontrei
Benditas coisas que não sejam benditas

A vida é curta
Mas enquanto dura
Posso durante um minuto ou mais
Te beijar pra sempre o amor não mente, não
mente jamais
E desconhece do relógio o velho futuro
O tempo escorre num piscar de olhos
E dura muito além dos nossos sonhos mais puros
Bom é não saber o quanto a vida dura
Ou se estarei aqui na primavera futura
Posso brincar de eternidade agora
Sem culpa nenhuma..."

(Benditas - Zélia Duncan - Martinália)

quarta-feira, outubro 15, 2008

Magérrima

Estou pesando inacreditáveis 74 quilos.
Diante desse absurdo (para meus 1m68) e aproveitando que hoje é quarta-feira, dia em que o grupo materna alimentar conta como começo de semana, estou voltando à ativa no grupo e voltando a marcar os pontos de tudo que eu como...
Não foi nada difícil da primeira vez, pelo contrário, acho que me dei muito bem com o programa e cheguei a emagrecer 4 quilos em pouco tempo. O problema é que a ansiedade me levou a voltar a comer como uma monstrinha novamente, mas agora acho que tenho tudo pra entrar no esquema sem recaídas.
Estou muito menos ansiosa e muito mais feliz, acho que está na época certa de começar de novo, rs...
Desejem-me boa sorte, please!
Brigadinha!

segunda-feira, outubro 13, 2008

três letras

Estou chorona como sempre acontece na TPM. Só esperando que ela venha logo, pra me livrar dessa sensação de "não me toque". É engraçado, parece que tudo é comigo, pessoal e intransferível. Aquele olhar torto foi pra mim, aquela resposta atravessada foi pra me machucar, a ausência foi planejada para me entristecer e tudo o que é feito é com intenção inegável de me ferir. Claro que não é verdade, mas explica pras lagriminhas que teimam em cair sem parar? Paciência, minha gente, daqui uns dias passa, espero.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Marcas

É um texto daqueles bobos que a gente recebe por e-mail... Mas me balançou. Porque existem pessoas na minha vida que deixaram esse tipo de marca mesmo. Uma marca linda, inesquecível, e ler essa história me fez pensar nelas... Não pensei em lugar melhor pra deixá-lo do que aqui, então vamos lá... Nem precisa ler, crianças, esse é um post extremamente umbigóide, rs...

"...Quando eu era criança, bem novinho, meu pai comprou o primeiro telefone da nossa vizinhança.
Eu ainda me lembro daquele aparelho preto e brilhante que ficava na cômoda da sala.
Eu era muito pequeno para alcançar o telefone, mas ficava ouvindo fascinado enquanto minha mãe falava com alguém.
Então, um dia eu descobri que dentro daquele objeto maravilhoso morava uma pessoa legal. O nome dela era "Uma informação, por favor" e não havia nada que ela não soubesse. "Uma informação, por favor" poderia fornecer qualquer número de telefone e até a hora certa.
Minha primeira experiência pessoal com esse gênio-na-garrafa veio num dia em que minha mãe estava fora, na casa de um vizinho.
Eu estava na garagem mexendo na caixa de ferramentas quando bati em meu dedo com um martelo. A dor era terrível mas não havia motivo para chorar, uma vez que não tinha ninguém em casa para me oferecer a sua simpatia.
Eu andava pela casa, chupando o dedo dolorido até que pensei: O telefone!
Rapidamente fui até o porão, peguei uma pequena escada que coloquei em frente a cômoda da sala.
Subi na escada, tirei o fone do gancho e segurei contra o ouvido.
Alguém atendeu e eu disse:
- "Uma informação, por favor".
Ouvi uns dois ou três cliques e uma voz suave e nítida falou em meu ouvido.
- "Informações".
- "Eu machuquei meu dedo...", disse, e as lágrimas vieram facilmente, agora que eu tinha audiência.
-"A sua mãe não esta em casa?", ela perguntou.
-"Não tem ninguém aqui...", eu soluçava.
-"Está sangrando?"
-"Não", respondi.
- "Eu machuquei o dedo com o martelo, mas tá doendo..."
-"Você consegue abrir o congelador?", ela perguntou.
Eu respondi que sim.
-"Então, pegue um cubo de gelo e passe no seu dedo", disse a voz.
Depois daquele dia, eu ligava para "Uma informação, por favor" por qualquer motivo.
Ela me ajudou com as minhas dúvidas de geografia e me ensinou onde ficava a Philadelphia.
Ela me ajudou com os exercícios de matemática.
Ela me ensinou que o pequeno esquilo que eu trouxe do bosque deveria comer nozes e frutinhas. Então, um dia, Petey, meu canário, morreu.
Eu liguei para "Uma informação, por favor" e contei o ocorrido.
Ela escutou e começou a falar aquelas coisas que se dizem para uma criança que está crescendo. Mas eu estava inconsolável.
Eu perguntava:
-"Por que é que os passarinhos cantam tão lindamente e trazem tanta alegria pra gente para, no fim, acabar como um monte de penas no fundo de uma gaiola?"

Ela deve ter compreendido a minha preocupação, porque acrescentou mansamente:
-"Paul, sempre lembre que existem outros mundos onde a gente pode cantar também..."
De alguma maneira, depois disso eu me senti melhor.

No outro dia, lá estava eu de novo.
-"Informações", disse a voz já tão familiar.
-"Você sabe como se escreve exceção?"

Tudo isso aconteceu na minha cidade natal ao norte do Pacífico.
Quando eu tinha 9 anos, nós nos mudamos para Boston. Eu sentia muita falta da minha amiga. "Uma informação, por favor" pertencia aquele velho aparelho telefônico preto
e eu não sentia nenhuma atração pelo nosso novo aparelho telefônico branquinho
que ficava na nova cômoda na nova sala.
Conforme eu crescia, as lembranças daquelas conversas infantis nunca saiam da minha memória. Freqüentemente, em momentos de dúvida ou perplexidade, eu tentava recuperar o sentimento calmo de segurança que eu tinha naquele tempo.
Hoje eu entendo como ela era paciente, compreensiva e gentil ao perder tempo atendendo as ligações de um menininho.

Alguns anos depois, quando estava indo para a faculdade, meu avião teve uma escala em Seattle. Eu teria mais ou menos meia hora entre os dois vôos.
Falei ao telefone com minha irmã, que morava lá, por 15 minutos.
Então, sem nem mesmo sentir que estava fazendo isso, disquei o número da operadora
daquela minha cidade natal e pedi:

-"Uma informação, por favor".

Como num milagre, eu ouvi a mesma voz doce e clara que conhecia tão bem, dizendo:
-"Informações".

Eu não tinha planejado isso, mas me peguei perguntando:
-"Você sabe como se escreve exceção?"
Houve uma longa pausa.

Então, veio uma resposta suave:
-"Eu acho que o seu dedo já melhorou, Paul".
Eu ri. "Então, é você mesma!", eu disse.
"Você não imagina como era importante
para mim naquele tempo".

- "Eu imagino", ela disse.
-"E você não sabe o quanto significavam para mim aquelas ligações. Eu não tenho filhos e ficava esperando todos os dias que você ligasse".
Eu contei para ela o quanto pensei nela todos esses anos e perguntei se poderia visitá-la quando fosse encontrar a minha irmã.
-"É claro!", ela respondeu.
-"Venha até aqui e chame a Sally".

Três meses depois eu fui a Seattle visitar minha irmã.
Quando liguei, uma voz diferente respondeu:
-"Informações".

Eu pedi para chamar a Sally.
-"Você é amigo dela?", a voz perguntou.
-"Sou, um velho amigo. O meu nome é Paul".
- "Eu sinto muito, mas a Sally estava trabalhando aqui apenas meio período porque estava doente.
Infelizmente, ela morreu há cinco semanas".

Antes que eu pudesse desligar, a voz perguntou:
- "Espere um pouco. Você disse que o seu nome é Paul"?
- "Sim."
- "A Sally deixou uma mensagem para você.

Ela escreveu e pediu para eu guardar caso você ligasse.
Eu vou ler pra você".

A mensagem dizia:
" Diga a ele que eu ainda acredito que existem outros mundos onde a gente pode cantar também. Ele vai entender".
Eu agradeci e desliguei.
Eu entendi..."

(do site Somos Todos Um)