terça-feira, julho 31, 2007

Basta!

Ok, eu admito, eu até que gosto de um friozinho. Mas beleza, obrigada, já deu, né?

Brigada Invictus

Mais uma coterie que formulei para o chapter Curitiba do Camarilla. Na apresentação da coterie à coordenação nacional foram utilizadas fotos reais de desaparecidas políticas. Porém, só fiz isso por ser uma referência interna do grupo. Obviamente na publicação aqui preferi retirar as fotos para evitar constrangimentos ou qualquer tipo de ofensa e utilizei imagens de banco de imagem. Modéstia a parte ficou tão legal que me deu uma vontade maluca de arrumar umas amigas para formar um grupinho feminino e tocar o terror no live...

“Porque, por definição, o homem da guerra é nobre. E quando ele se põe em marcha, à sua esquerda vai coragem, e à sua direita a disciplina” (MONIZ BARRETO - Carta a El-Rei de Portugal, 1893)

Personagens:

Coronel Malvina Leônidas
Clã: Ventrue
Convenção: Invictus
Sire: doutora Ana Maria
Coterie: Brigada



Background: Todos os homens nascidos na família Leônidas, tradicional família militar do estado do Paraná, sempre foram encaminhadas à carreira militar. Porém, para tristeza e grande decepção do Coronel Justino Leônidas, sua mulher, Judite Leônidas, só lhe deu filhas mulheres.

Uma dessas filhas era Malvina, nascida em abril de 1935, que nutria profunda admiração e amor por seu pai. Justino, por sua vez, tratava a filha com desprezo, cobranças e escárnio. Tradicional e conservador, o coronel era contra a presença de mulheres em qualquer corporação pois as considerava seres inferiores e menos inteligentes.

Diante dos maus tratos familiares, Malvina tornou-se uma pessoa amarga e ressentida. Para tentar agradar o pai, procurava aprender tudo o que podia sobre o exército e as forças armadas. Sabia atirar perfeitamente, conhecia táticas de guerra e todos os procedimentos militares.

Não era masculinizada, ao contrário, apesar de seu costumeiro mau humor e do comportamento agressivo, orgulhava-se de ser mulher, fazia questão de usar maquiagem, de manter os longos cabelos negros impecáveis e as unhas sempre pintadas de vermelho. Quando se via sozinha em casa, Malvina gostava de vestir as fardas de seu pai e de se admirar no espelho.

Uma noite, em 1960, quando ela tinha 25 anos, seu pai a flagrou em uma dessas exibições ao espelho e não a perdoou. Espancou a filha brutalmente e a jogou para fora de casa, seriamente machucada. Sua mãe e irmãs observaram toda a cena das janelas da casa, sem interferir nem ajudar em nada. Transeuntes chamaram socorro e ela foi encaminhada, desfalecida, a um hospital militar. Como a família de Leônidas era muito conhecida e respeitada, nenhuma testemunha se atreveu a denunciar a agressão e o caso foi abafado.

O período no hospital foi confuso. Ela alternava dias de consciência e de delírios. Em seus delírios, sempre tinha a visão de uma médica militar que a cuidava e amparava. Malvina, que nunca havia recebido afagos e carinhos de ninguém, apaixonou-se por ela. A beleza daquela mulher também encantou a “doutora” Ana Maria Dutra, uma jovem ventrue que não sabia caçar e costumava se utilizar de falsas credenciais para se alimentar em hospitais.

Uma noite, enquanto Ana Maria afagava seus cabelos e sugava o sangue de Malvina pelo pulso, Malvina começou a ter fortes convulsões. Com medo de perder sua amada, Ana Maria seguiu seus instintos e a abraçou.

Fugiram, as duas, para o refúgio de Ana Maria, mas como eram jovens e pouco experientes, logo foram punidas. Ana Maria conheceu a morte final e Malvina foi mantida viva para contar sua história aos vampiros mais jovens, servindo de exemplo para outros vampiros do Invictus.

Foi um momento extremamente triste de sua vida, uma mágoa que ela carrega até hoje, tanto que prefere nem sequer tocar nesse assunto. Apesar de ressentida e magoada, Malvina sentiu-se de certa forma acolhida e apoiada pela tradição e passou a dedicar-se com entusiasmo ao Invictus.

Dez anos depois de seu abraço, sabendo da morte de sua mãe, em 1970, Malvina fez questão de voltar à casa de seu pai. Depois de uma noite que ela batizou como um “acerto de contas”, ela assassinou, friamente, aquele que a humilhou por toda a vida. O coronel Leônidas foi encontrado morto pela manhã, vestindo sutien e calcinhas vermelhos e uma ousada cinta liga. Suas armas, fardas e todo o material do exército despareceram da casa.

Depois da vingança, Malvina sentiu-se plenamente segura para formar sua própria coterie, a Brigada, que era formada somente por mulheres que Malvina fazia questão de “recrutar” em vários lugares do país e treinar pessoalmente. As combatentes recrutadas que se destacavam eram abraçadas pessoalmente por Malvina, com total apoio dos outros Invictus, que identificavam ali uma forte chance da convenção dominar a cidade de Curitiba.

Nora Ramalho Abraão (Major Ramalho)
Clã: Ventrue
Convenção: Invictus
Sire: Malvina
Coterie: Brigada



Background: Nasceu em 25 de março de 1947, no Rio de Janeiro, filha de Mário Henrique Ramalho e Anadyr Abraão Ramalho.

Para a idealista que era, o que sempre demonstrou no seu dia-a-dia em atitudes de solidariedade em relação ao próximo, caíram em campo fértil as sementes de rebelião contra o regime autoritário que dominava o país. Era a época aterrorizante do ditador Médici. Aquela mocinha inexperiente, mal saída dos bancos escolares e de um casamento frustrado, aos poucos se converteria na guerrilheira cujos retratos nos aeroportos, rodoviárias e outros lugares públicos, apontavam como uma subversiva perigosa.

Nora foi metralhada e morta na Moóca, em 14 de junho de 1972. Estava com 25 anos de idade. Com ela morreram dois companheiros. Enquanto eles jantavam em um restaurante, o proprietário do estabelecimento, que era alcagüete da polícia, telefonou para o DOI-CODI/SP, avisando da presença de algumas pessoas que tinham suas fotos afixadas em cartazes de "Procurados", feitos na época pelos órgãos de segurança.

Os agentes do DOI-CODI, assim que se certificaram da presença dos quatro companheiros, montaram uma emboscada em torno do restaurante, mobilizando um grande contingente de policiais.

De imediato, foram fuzilados dois homens. Nora ainda vivia quando um policial, ouvindo seus gritos de protesto e de dor, impotente perante a morte iminente, aproximou-se desferindo-lhe uma rajada de fuzil FAL, à queima-roupa.

Ato contínuo, os policiais fizeram uma demonstração de selvageria para a população que se aglomerou em volta daquela já horrenda cena. Dois ou três policiais agarravam o corpo de Nora e o jogavam de um lado para o outro, às vezes lançando-o para o alto e deixando-o cair abruptamente no chão. Descobriram-lhe também o corpo ensagüentado, lançando impropérios e demonstrando o júbilo na covardia de tê-la abatido. Não satisfeitos, desfechavam-lhe ainda coronhadas com seus fuzis.

Os corpos não foram levados para o necrotério, mas sim para as dependências do DOI-CODI do II Exército, onde foram vistos e reconhecidos por outros presos políticos. O corpo da jovem, no entanto, desapareceu e jamais fora encontrado.

Na verdade, Malvina, impressionada pela beleza e talento demonstrados por Nora, já acompanhava e seguia os movimentos da garota, aguardando um momento ideal para intercepta-la. Com tristeza e revolta acompanhou sua violenta morte, sem nada poder fazer naquele momento.

Abraçou-a já morta, sem imaginar se poderia ou não dar certo, mas para sua surpresa a investida foi certeira. Anos depois, já adaptada e contando com a ajuda e participação de Malvina e sua futura companheira de coterie, Eudora, Nora pôde obter sua vingança contra aqueles que a assassinaram. Matou um por um dos agentes que metralharam ela e seus amigos naquela fatídica noite carioca.

Obs: O background foi baseado na biografia da desaparecida política Ana Maria Nacinovic Corrêa.

Eudora de Vicente (Primeiro-tenente Vicente )
Clã: Ventrue
Convenção: Invictus
Sire: Malvina
Coterie: Brigada



Background: Eudora nasceu em Argoin, município de Castro Alves, Estado da Bahia, em 1945, filha de Viriato de Vicente e Elza Conceição Bastos de Vicente. Estudou em Salvador, sendo formada em Geologia pela UFBa, em 1968.

Participou do movimento estudantil em Salvador nos anos 67 e 68, tendo sido presa.
Em maio de 1970 foi para a região da Guerrilha do Araguaia, onde atuou como professora, parteira e foi a única mulher da guerrilha a ocupar o cargo de vice-comandante de Destacamento.

Destacou-se na Guerrilha por sua habilidade militar, escapando várias vezes dos cercos do inimigo. Ex-guerrilheiros presos na época comentam que era temida pelos militares. Tornou-se uma figura lendária por ser exímia atiradora. A última vez que foi vista viva e em liberdade pelos seus companheiros foi no dia 25 de dezembro de 1973, desaparecendo após o tiroteio que houve no acampamento, onde estava gravemente enferma.

Em comentários de vários moradores da região, teria sido presa na Serra das Andorinhas. O ex-deputado federal e um dos comandantes das operações do Exército na região, Sebastião Curió, diz que ela foi a última guerrilheira morta após quatro meses de perseguição.

Depoimento de um coronel da Aeronáutica à revista "Veja" de 13 de outubro de 1993 e à Comissão de Representação Externa da Câmara Federal, faz referência a uma guerrilheira grávida que teria sido morta. Há também comentários de moradores da região que fazem referência à gravidez em estado adiantado de Eudora. Tinha 29 anos na época.

Resgatada e recrutada por Malvina e Nora, Eudora estava doente, debilitada e grávida de oito meses. Ela foi levada por elas, cuidada e amparada até que desce a luz a sua filha, que foi chamada de Helena. Depois de um parto difícil, Eudora foi então abraçada por Malvina. Sua filha, Helena, uma guerrilheira tão ou mais talentosa do que sua mãe, foi criada como filha por Malvina e Eudora e usa o sobrenome de suas duas mães.

Obs: O background foi baseado na biografia da desaparecida política guerrilheira e desaparecida política Dinalva Oliveira Teixeira.

Ghoul: Helena Leônidas de Vicente (Capitã Leônidas)
Clã: Ventrue
Convenção: Invictus
Sire: Malvina
Coterie: Brigada



Background: Helena nasceu em janeiro de 1974. É a filha que Eudora carregava em seu ventre quando foi salva por Malvina em plena guerrilha. Foi criada por Malvina e Eudora dentro do ambiente do invictus e exclusivamente treinada para ser uma combatente e a sucessora de Malvina. Nunca teve contato com outras crianças, brincava com armas e desde sempre acostumou-se a presenciar cenas sangrentas e violentas. Desde os 20 anos tornou-se ghoul de Malvina, a contragosto de sua mãe biológica. É considerada fria e até mesmo má por quem convive com ela.

Diferentemente de Malvina e Eudora, Helena assumiu uma postura mais masculinizada, mantendo sempre os cabelos curtos, usando roupas largas e sendo comumente confundida com um homem, apesar de ter horror a eles e de nutrir um grande preconceito para com qualquer representante do sexo masculino. Talentosa combatente, e atiradora precisa, Helena herdou muitas habilidades de sua mãe biológica. Tem o desejo de ser abraçada por Malvina o mais breve possível, mas sua mãe ainda traz dúvidas se esse seria um bom destino para sua filha, embora o considere quase que inevitável.

Ghoul: Valentina Radamés (Sargento Radamés)
Clã: Ventrue
Convenção: Invictus
Sire: Nora
Coterie: Brigada



Background: Doce, bela, sedutora e amigável, Valentina foi a última a se juntar à coterie, em 1984. É considerada a relações públicas da Brigada. Ex-menina de rua, foi encontrada por Nora em uma madrugada enquanto era espancada por três homens que tinham a intenção de estupra-la. Tomada por um acesso de violência motivado pelas lembranças de seu próprio e covarde assassinato, Nora acabou caçando e matando os três homens e cuidando pessoalmente dos ferimentos de Valentina.

Como ela não tinha ninguém no mundo, acabou ficando no refúgio da brigada uma noite, outra noite e mais outra. Foi ficando. Malvina a princípio não concordava com a permanência da menina, mas depois percebeu que ela era uma ótima contribuição para o grupo, por ser mais jovem e por ter um incrível manejo social (coisa que faltava, e muito, em Helena).

A única exigência de Malvina foi que Valentina fosse transformada em ghoul. A menina não se opôs. Pelo contrário, demonstra adorar sangue de uma maneira quase obsessiva e deseja ter, em breve, a honra de ser ela própria transformada em vampira por sua querida Nora.

Quote

“A sobrevivência das nações depende, fundamentalmente, da capacidade de suas Forças Armadas sustentarem as decisões estratégicas do Estado, bem como de atuarem contra ameaças à sua integridade política. Recursos humanos altamente qualificados, treinados, motivados e bem equipados são o fundamento da capacitação de qualquer Força Armada, refletindo o desejo da própria sociedade.

As Forças Armadas são, portanto, o elemento final para a preservação dos interesses vitais de uma nação! É com muita tristeza que observo minha cidade decair diante de uma representação falha, com o comando nas mãos de um grupo despreparado, inconseqüente, ingênuo e que não respeita normas hierárquicas nem disciplinares.

Um grupo que dispensa patentes, que não separa por faixas etárias específicas as responsabilidades devidas. Um grupo que não se preocupa com a preparação de seus homens, com a manutenção de seu material bélico, com sua infantaria!”

A voz que se sobrepunha a qualquer outro ruído naquela sala era o clamor de Coronel Leônidas. Uma mulher cujos brios se alteravam quando ela dissertava sobre o assunto que mais dominava e que mais o empolgava: a disciplina militar.

Impecável em sua farda, imponente em sua postura, rigorosa e enfática em cada palavra, agressiva na maioria das vezes, ela permanecia incansável em sua luta quase utópica, seu sonho de expulsar os Carthianos e transfomar Curitiba em um grande quartel comandado por ela própria, é claro.

Be strong

Parece perseguição. Outra vez, o pedestal-mor. Num sonho tão real que até me assustou. Isso porque fazem no mínimo uns dez anos que não ouço a voz dele. Mas estava lá, mesmo jeito de falar, de olhar, mesmas frases feitas, maldito perfume. Alguém por acaso já teve sonho com cheiro?

Diabos, some da minha vida, assombração!

Celebremos, então, com um clássico da Teoria:

"And if your glass heart should crack,
and for a second you turn back...
oh no, be strong...
walk on (...)
stay safe tonight...
And I know it aches how your heart it breaks,
you can only take so much...
walk on (...)
leave it behind...
you've got to leave it behind."

(Walk On - U2)

domingo, julho 29, 2007

Insira aqui três ou quatro palavrões

Sabe, em geral, eu não gosto nada de barracos. Odeio baixaria, detesto briga e abomino confusões de todo e qualquer tipo. Porém, como humana que sou, tenho meus limites e cheguei a um deles nos últimos dias.

Me enfiei numa discussão com uma ex-namorada do Ivan. Péssimo isso, não gosto. Mas a menina é realmente muito inconveniente. Assim, demais. Do tipo que ainda quer ter uma grande amizade com a minha sogra. Do tipo que periodicamente fica tentando fazer com que o Ivan fale com ela, mesmo ele se negando a isso e ignorando todos os recadinhos.

Ela é do tipo que já teve uma conversa por msn com o Ivan que quase fez a gente se separar. De verdade. O caso é que ele é educado demais com as pessoas, não corta, sabe. E eu não gosto disso. Mas a gente acabou se entendendo depois. Mesmo porque essa menina é uma coisa pequena demais perto de tudo o que a gente tem juntos.

Mas aí quando eu li um recado maldoso e mentiroso dela no orkut da minha sogra não aguentei e desci dos tamancos. Dos dois. É claro que tive que ouvir muita bobagem dela, porque a menina é do tipo bem baixa mesmo. Enfiou meu filho no meio, me chamou de imatura, de insegura, de louca e de mais umas trocentas coisas.

Isso tudo de um jeito arrogante, irritante. Foi horrível, eu sei, mas agora acabou. Não me abalei muito com as mensagens porque eram muito bobinhas, apesar de mal educadas. Na verdade demos risada delas. Porque a menina faz as merdas e ainda quer sair por cima e isso é bizarro! Na verdade o que me chateou mesmo foi ter me enfiado nisso. Não precisava, sabe. Mas quem manda ter sangue quente, né? Ai, ai, um dia eu aprendo...

segunda-feira, julho 23, 2007

Perfeição?

Eu acho que não quero mais ser perfeita. É. Não quero. Não quero e não consigo. Quem é que consegue sempre ser assim? Quem são essas pessoas perfeitas? Elas realmente existem? Eu não as conheço. Por que insisto em ser uma delas? Minha casa não é perfeita, minha vida não é perfeita, eu não sou a mulher perfeita, mas dane-se, porque essa busca é insana e está me matando. Quero e preciso desenanar um pouco. Deixar a preocupação de lado, simplesmente. Anda tão difícil desencanar. Mas eu agora não quero mais. Não tô aqui pra agradar ninguém. Só eu mesma.

quarta-feira, julho 18, 2007

Poliana às avessas

Trabalhei uns tempos na TAM Express. Foi meu primeiro emprego, na verdade. Sempre tive um carinho especial pelo hangar e conheci pessoas legais ali. Trabalhava muita gente naquele lugar. Era um emprego massante e estressante e por isso abandonei rápido.

Gostava da proximidade do aeroporto, sempre passeava por lá. A piada de que algum dia um avião ia escapar da pista e atingir o prédio era recorrente na minha época. As pessoas sempre usam de humor negro para aliviar as tensões do dia-a-dia. E aquele era um lugar de stress, de corrida constante contra o tempo.

Discordo dessa história de tragédia anunciada. Foi fatalidade. Mistura de situações desfavoráveis em momento inoportuno.

Tem coisas que odeio nesses momentos. Entre elas, repórteres de TV totalmente despreparados falando bobagens ao vivo, comunidades mórbidas no orkut, reportagens com parentes chorando, pessoas que parecem não ter outro assunto e que comentam detalhes das vidas dos mortos naquele nível "nossa, você viu?!"... Bah... Respeito é bom e todo mundo gosta. Podia ser eu lá. Podia ser você.

segunda-feira, julho 16, 2007

Horóscopo de hoje

Touro
Você pode acordar com uma falta de entusiasmo e um sentimento de melancolia, sem que um fator real aparente cause essa tristeza. Reaja, não se deixe tomar por esse estado de desânimo, analise-se e veja que não tem porque você se deixar levar por esse estado de espírito.

Sei.

Realmente confere.

Agora explica como?

Quase um e-mail

Eu gosto de humor irônico, mas não daquelas pessoas que são irônicas por maldade, que insinuam coisas, como se duvidassem do que a gente diz. Veja bem, se eu disse que ia fazer uma coisa pra você e ainda não fiz, foi porque não consegui, não tive tempo, não deu certo, o universo não conspirou, etc etc etc... Não estou querendo dizer nada com isso. Quando eu sentir que preciso dizer algo para você, tenha certeza de que eu vou falar. Sem meias palavras. Saco.

sexta-feira, julho 13, 2007

Identidade

Essa semana andei ajudando o pessoal da Nacional do Camarilla a criar personagens para o chapter Curitiba. Foi bem divertido. Eis duas crias minhas do Circle of the Crone:

Perséfone



Adaptação de uma antiga personagem de Dark Ages. Só usei parte do conceito, na verdade. O resumo geral é que ela é uma menina inocente, ingênua mesmo, abraçada por um místico, isolado e antigo Nosferatu do Círculo que estaria na beira de seu torpor com o objetivo de que ela cuidasse e zelasse por ele enquanto ele dormia. Acontece que em uma bela noite, quando ela aparece para cuidar da cripta de seu idolatrado sire, o corpo do homem havia desaparecido. O que ela herdou de minha antiga Perséfone é uma certa obsessão, quase uma atração, pela morte, além de um aspecto sobrenatural forte (piorado pela aura assustadora de um Nosferatu). Segue breve historinha:

A tragédia de Proserpina*

Eu não o encontrei. Ele me buscou. Meu Hades. Aquele que me arrancou da inocência e me mergulhou na escuridão junto dele. Assim como na história da Mitologia, ele me seqüestrou e me levou para viver no inferno ao seu lado. Me salvou, de todas as maneiras possíveis, embora poucos acreditem que se possa ser salva quando se vive no inferno. Mas eu fui. E ao lado dele me tornei a senhora das almas, aquela que tem o poder de controlar a morte e seus desígnios. Esqueci meu passado. Tornei-me Perséfone. A doce romã banhada em seu sangue era meu alimento. E assim seria por toda a eternidade. Assim eu prometi.

Quando ele cerrou seus olhos pela última vez, quando me despedi e jurei olhar por seu corpo e por nosso refúgio enquanto ele descansava, derramei meu próprio sangue e dei minha honrada palavra de que seria sua guardiã diante de tudo. Mas fraquejei. Meu roteiro perfeito teve uma falha imperdoável e inexplicável. Senti-me caindo de um precipício quando seu corpo desapareceu. Quem o havia levado?

Noites de angústia e dor se seguiram, até que resolvi parar de sofrer e agir. Li cada palavra de seus diários, decorei cada passo de seus rituais místicos, consultei cada um de dos guias espirituais que consegui contatar. Diversas entidades diferentes me ofereceram ajuda, pedindo os mais variados favores em troca de trazer Hades de volta. Analisei um a um seus contatos, seus inimigos.

Tracei planos e estratégias para trazê-lo de volta para mim. Foram tantas horas seguidas de dedicação, de transes, de entrega, que em determinados momentos eu já não sabia mais se estava sonhando, delirando, ou acordada, só sabia que precisava continuar. Sei que estou perto, mas faltam ainda algumas peças para completar o quebra-cabeças que me trará de volta meu senhor. Eu o farei, cumprirei meu legado e completarei minha missão. Me sinto pronta para essa caminhada que para mim só tem dois finais possíveis. Ele de volta, ou minha vida entregue em sacrifício, para compensar minha falha. E ainda seria pouco.

* nome romano para Perséfone

Kuiã



Esse personagem é livremente inspirado nos índios da tribo Kaingang, do Sul do país. É um personagem gangrel, cercado protegido e amparado por um grupo forte de ghouls, uma tribo inteira presa por um forte laço de sangue com esse vampiro. O objetivo dele é preservar com unhas dentes e garras o território onde os umbigos de seus ancestrais estão enterrados (essa é uma tradição real dos Kaingang).

Utilizando um ritual de Croac (disciplina do Círculo) em que o vampiro se apossa do corpo de outra pessoa, Kuiã usa o corpo dos xamãs, líderes espirituais da tribo, para comandar um sangrento ritual onde ele reafirma de tempos em tempos seu laço de sangue com os índios. Praticamente tudo o que está descrito no conto abaixo é verdadeiro e relacionado à cultura Kaingang, menos a parte do ritual de sangue, claro. Essa parte é livremente inspirada em rituais e festins de sangue dos bandos sabatt do antigo WoD. Segue a história:



Sangue xamã

Toda a aldeia estava completamente envolvida num ritual místico. Chamas crepitavam em tochas altas e eram a única iluminação naquela madrugada. Eram seis, ao todo, espalhadas pela clareira onde os Kaingang reverenciavam seus mortos. Os sons que se podiam ouvir vinham das orações e cantos dos rezadores, além do barulho ritmado dos chocalhos de cabaça de milho e de rústicos instrumentos de sopro. As mulheres, reunidas em grupos, faziam pinturas faciais umas nas outras. A tinta era escura como carvão e cobria todo o rosto e corpo de cada uma delas. Eram como escudos negros que as protegiam dos maus espíritos.

Sentado abaixo de uma das tochas, com uma vasilha e uma espécie de pilão à sua frente, estava o Kuiã, ou Xamã, um homem que tinha o corpo e rosto cobertos da tinta negra protetora, além de um adereço feito com ervas e penas preso em sua cabeça.
Abençoado e conduzido em transe por seu companheiro animal, conhecido como mig ou gato do mato, o Kuiã cumpria seu dever mais importante, o de presidir os rituais da tribo e promover curas aos adoentados.

Em troca de promover reverências aos mortos e proteção espiritual para todos, Kuiã recebia de seu animal sagrado o poder de viajar para o Nunbé, um local intermediário entre o mundo dos vivos e dos mortos. Também era agraciado com o dom de ver e prever o futuro, além de beneficiado com a longevidade e saúde quase sobrenaturais.

Enquanto entoava os cânticos e rezas e balançava seu corpo ao ritmo dos chocalhos, Kuiã preparava em seu pilão uma mistura de mel, remédios da mata, como Hoasca e Paricá e o ingrediente sagrado, onde havia se banhado o mig. A mistura continha também o próprio sangue do Kuiã, e tomar dele representava à tribo a honra máxima, a proteção divina.

De mão em mão, embalada pelas danças cada vez mais frenéticas e compassadas, a vasilha repleta desse líquido preparado pelo Xamã e conhecido como kiki, a bebida sagrada da tribo, circulava entre todos os presentes, que cortavam também suas próprias mãos e encostavam seus ferimentos uns nos outros, derramando sangue na vasilha sagrada.

Em êxtase, embriagados pela força do kiki, os Kaingang reiteravam aos berros e gritos sua obediência e respeito eternos ao seu sagrado líder Kuiã até que o cansaço dominasse seus corpos e eles caíssem fatigados em seu solo sagrado.

quarta-feira, julho 11, 2007

EIRPG

Sábado de internacional é tradição por aqui. Desde não sei quando.

Desde sempre. Esse ano foi a XV edição e eu não me lembro de ter faltado em nenhuma.

Desde quando o evento era no Ibirapuera e eu ia só para encontrar o pedestal-mor (sai, uruca!).

Desde 1999, quando eu percebi que sobreviveria naquele meio estranho e hostil mesmo sem o pedestal-mor por ali...

Desde 2000, quando comecei a passar madrugadas e mais madrugadas insones jogando RPG nas salas de bate-papo da UOL.

Desde 2001, quando a Turmaluka virou uma turma de pessoas de verdade e não mais um bando de nicks sem rosto que passavam madrugadas insones na internet.

Desde 2002, quando eu fiz o primeiros cosplay da minha vida e encarnei uma fantasia de Delírio dos Perpétuos em plena visita do Gaiman ao Brasil. Acho que nunca posei para tantas fotos na minha vida.

Desde 2003, quando a nova geração da UOL apareceu e junto com ela um grupo de amigos especiais se juntou pela primeira vez pessoalmente. Alguns se foram, por vontade minha ou deles. Alguns ficaram. Um deles é meu anjo da guarda e assim será para sempre.

Desde 2004, quando eu entrei para o The Camarilla Brasil, joguei um dos live-actions mais inspirados da minha vida e todo um novo mundo surgiu. Quando eu hospedei na minha casa um cara que conheci pelo orkut (Duarte, querido, você é um amigo e tanto, sem palavras, nunca me arrependi da "loucura" :o)...)

Desde 2005 quando eu já era veterana no The Camarilla e quando os amigos mais do que especiais da comunidade Malk se reuniram por aqui num encontrão sem precedentes. Ivan já fazia parte da minha vida mais do que ele imaginava.

Desde 2006, primeiro internacional em que o Samuquinha nos acompanhou, com um mês de vida! Veteraníssimo de Internaiconal esse meu pequeno!

Até 2007, o segundo internacional do meu baixinho querido. Dessa vez ele aproveitou demais, com seu 1 aninho todo. Muito bom rever tantos e tantos amigos queridos e apresentar oficialente o meu filhote para a sociedade RPGística... Muito bom estar num lugar que me faz sentir tão em casa, tão feliz...

Preciso voltar a jogar. Urgente!

sexta-feira, julho 06, 2007

Hora o lanche

Enquanto isso, na lanchonete:
Eu: O que é aquilo ali? *apontando*
Tia da lanchonete: Ah, é "batatinha frita" de inhame!

...

quinta-feira, julho 05, 2007

Futura escritora

Vai, senta logo aí e escreve alguma coisa que preste.
Eu sei que eu consigo, sei que eu posso, sei que eu domino a técnica.
Só que simplesmente não anda saindo.
Minha única justificativa é a falta de prática, aliada ao fato de que faz tempo que eu não leio nada que não seja "Clifford o cachorrinho" ou "Aventuras do Barney" e afins.
Mas aquela futura escritora de "literatura de consumo com influência em subcultura pop" ainda habita esse corpo.
E aquele livro pelo qual as entidades espirituais viviam perguntando ainda vai sair, sim. Calma.
Deixa eu voltar a pegar o jeito que rola.
A gente não perde a prática não, ela é que perde a gente.

Fragmentos losers

...Ela até que se preocupava com a saúde do planeta. Procurava economizar água, separar o lixo orgânico do reciclado, jogar pilha e bateria num vidro separado. Tudo bem que ela não fazia idéia do que fazer com todas aquelas pilhas e baterias acumuladas durante anos naquele vidro nojento e suspeitava que a porra do zelador do prédio misturava todo o lixo que ela cautelosamente separava...

...Ela gostava de café puro, forte e sem açúcar. Poucas vezes encontrava um café do seu gosto. Quando conseguia, tomava logo três xícaras e passava mal. Então por uma semana ela prometia nunca mais tomar café até encontrar outro do qual gostasse novamente...

...Um de seus passeios preferidos era ir até a locadora e ficar por lá, olhando para todos aqueles filmes que ela ainda não tinha conseguido ver. Olhava, olhava, saía e não alugava nenhum. Não tinha DVD...

quarta-feira, julho 04, 2007

Três pontinhos



E cá estou eu, com aquela minha calça de black jeans que eu ganhei com 17 anos (E que ainda me serve! Yes!), com meu all star clássico e surrado, uma blusinha preta lisa e meu cachecol lilás tão amado enrolado no pescoço. As meias também são lilás, mas não dá pra ver. Na cadeira, o sobretudo. Nem tá tão frio assim.

No rosto, filtro solar 30 (cheiro bom!), meus óculos velhos (preciso tanto de uns novos). Lápis no olho (vício) e na boca um batonzinho que quase não se nota (ando passando mais batom ultimamente e nem eu mesma sei o motivo). O cabelo, como sempre, continua naquele estilo "lavou tá novo". Odeio frescura com cabelo. Até que me arranjei nesse corte novo, mas logo precisará de uma ajeitada básica.

Na mesa, um calendário rabiscado, uma imagem do Pequeno Príncipe, um Trident pela metade, uma garrafa de água com gás também pela metade (e outra vazia). Celular quase sem bateria. Lápis, canetas, uma meia dúzia de post its tentando me lembrar de coisas que eu já esqueci. Ah, sim, e o novo livro. Do Cláudio. Comprado ontem, com dedicatória e tudo.

Sala quase vazia. Digitando meus devaneios meio sem sentido. Tão relax, tão tranquila, tão na minha, tão eu. Libertines rolando baixinho no rádio da sala. Um cheiro de algum salgado que acaba de sair do forno na lanchonete. Tá aí uma coisa que eu gosto nesse trabalho. As diferenças convivem bem, se alinham, se ajeitam. O trabalho pode ficar uns minutinhos de lado enquanto dou vazão às idéias que ficam aqui em cima da minha cabeça, dançando...

Tão feliz porque parece que os sapos depois de cuspidos resolveram juntar seus trapinhos e partir para um exílio na Eslovênia. Tão feliz porque hoje a minha ajudante apareceu, a casa vai estar limpa e vai ter janta quando eu chegar. Não vou ter que lavar roupa e vai sobrar tempo pra deitar na cama com o Samuel e cheirar bastante o pescocinho dele. Tão feliz porque depois de muito procurar eu encontrei o blog novo da Clarah. Tão feliz porque meu filho aprendeu a falar batata hoje. Tão feliz porque meu computador voltou. Tão feliz porque a moça da cantina resolveu comprar Souflair Dark de novo. Tão feliz que até as reticências voltaram...

Hahahahaha



Nem liguem, eu adoro Raul e também uso ou já usei batinha indiana, coturno e bolsa de crochê...
Muito boa, vá... Procurem a banda...

"Em todo bar que a gente vai tocar
Tem sempre lá no canto um cara com a barba por fazer
E a camiseta com a cara do Chê,
Um buraquinho nela onde havia a estrelinha do PT
A namorada dele você vê,
Batinha indiana, coturno, bermuda saint-tropez
Pede um papelzinho pra escrever
Tira uma caneta de dentro da bolsa de crochê
Rabisca um guardanapo com a bic azul
Escreve um bilhetinho assim: Toca Raul!

Eu não toco Raul
Vocês me desculpem...
Eu acredito quando você diz que ele é legal
Eu não toco Raul
Vocês não me culpem
A banda preza pelo estilo Sidney Magal

E aquele alquimista nada a ver
Viagens de um diário de um mago, mais falso que um Menudo
Essa idolatria por Raul, parece aquela velha opinião formada sobre tudo
Não adianta implorar pro seu guru
Não adianta esbravejar: Toca Raul!

Mas quando eu virar um astro,
Com a minha guitarra e uma prancha do lado,
Eu quero ouvir você gritar num bar: Toca Pedra Letícia!!

Eu não toco Raul
Vocês me desculpem..
Eu acredito quando você diz que ele é legal
Eu não toco Raul
Vocês não me culpem
A banda preza pelo estilo Sidney Magal"

(Eu Não Toco Raul - Pedra Letícia)

Croach



Hoje anda difícil escrever. Vários assuntos passam pela minha mente, mas nenhum pára. Tenho vontade de dizer que ando engolindo sapos demais aqui no trabalho e isso anda me fazendo mal. Tenho vontade de dizer que alguns desses sapos ficaram entalados na garganta e por isso eu os andei cuspindo por aí. Fui mal educada, sim, mas a pessoa mereceu porque conseguiu ser ainda mais do que eu, e não só comigo. Ao contrário do que aconteceu em outras vezes em que discuti, eu não tive a menor vontade de chorar. Fui firme e forte, até o fim. Não estou errada, já refleti bastante sobre a situação e não percebo erro na minha parte. Saí fortalecida, mesmo porque já faz tempo que não deixo mais as pessoas pensarem que eu sou boba.

segunda-feira, julho 02, 2007

Banco Vazio



Sempre reparava num casal que costumava almoçar junto. Uma menina bonita, cabelos longos, boca grande, sempre muito arrumada. Um rapaz alto, moreno, bem elegante. Jovens. Deveriam tem seus 30 anos, no máximo.

Dividiam sempre a mesma mesa. Ele fazia questão de carregar a bandeja para ela. Ela dividia com ele um drops de hortelã. Depois do almoço, cotumavam caminhar pelo jardim. Estavam sempre sentados num mesmo banco, conversando. Formavam um casal bonito. Combinavam.

Sorriam muito, gesticulavam mais ainda. Gostava de vê-los. Uma noite, faz algum tempo, eu caminhava para o estacionamento logo atrás dos dois. Ouvi alguns trechos de uma rápida conversa. Papo gostoso, de início de flerte. Um ainda conhecendo o jeito do outro.

Porém, hoje, ele estava ele sozinho no restaurante. Ela dividia outra mesa com algumas amigas. Tinha os olhos inchados, como quem andou chorando bastante. Tentava sorrir e acompanhar a conversa, mas o olhar era perdido, parecia não se interessar por nada. Teve que carregar sua própria bandeja.

Ele, fisionomia fechada, olhos baixos, procurava se concentrar no prato de comida. Almoçou rápido. Saiu sem o drops.

Quando passei pelo jardim, vi o banco vazio. Meu coração ficou apertado e minha tarde muito mais cinza.

Todo fim é triste. Deixa saudades e bancos vazios. Mas deve ser muito difícil ter que conviver diariamente com essas lembranças. Já é difícil, sem sequer fazer parte delas diretamente.

Definitivamente tenho que deixar de ser tão romântica...

Pendências



Não tenho religião nenhuma, mas a mais próxima de mim ainda é o espiritismo. Digo que ainda é porque já estive mais próxima do espiritismo do que estou hoje, mas assim como quase tudo o que acontece na minha vida, sei que a hora de estar mais perto vai chegar. Hoje recebi uma linda mensagem de Emmanuel e pra variar me identifiquei muito. Vou guardar aqui um pequeno trecho para tentar me lembrar de não reclamar tanto da vida...

"Não te queixes de cansaço na tarefa que Deus te confiou: um filho a orientar, um lar a manter, um bem a construir ou algum princípio nobre a defender" (Emmanuel)