terça-feira, novembro 25, 2008

Na delicadeza das pequenas coisas

Daí que hoje eu estava morrendo morrendo morreeeendo de vontade de ir no lançamento do livro da Cris (parafrancisco.blogspot.com) aqui em SP. Vai ser na Saraiva do Shopping Ibirapuera, mas estava complicado. Precisava pedir uma carona pro meu pai, vê se pode. Comentei com o amore só por comentar mesmo, e não é que ele me pergunta se eu quero que ele me leve? Acho lindo. Mesmo que a gente não vá, mesmo que o horário não bata, mesmo que dê tudo errado, mesmo que nada aconteça... Eu acho lindo... Pra mim o que vale é o gesto mesmo. A vontade de me deixar feliz, de fazer uma coisinha que pode ser pequena, boba até, mas que ele sabe que vai me agradar imensamente. Só essa disposição, só esse carinho, já me faz tão feliz, mas tão feliz, que vocês nem imaginam. Mas nem imaginam mesmo...

"...Amor é jardim..."
(Caio Fernando de Abreu)

segunda-feira, novembro 24, 2008

Quando explica perde a graça

- Mas por que teu blog chama mosca na sopa?
- Oi? Raul Seixas, manja?
- Uhm?
- Mosca na Sopa é uma música do Raul Seixas
- E daí?
- E daí o que?
- Que tem a ver a mosca com o blog?
- Pensa comigo no profundo significado dessa letra de música...
- Eu não conheço essa letra.
- É, daí fica difícil mesmo. Joga no google.
- Poxa...
- Tá, bincadeira, esquece... Eu faço um post explicativo.

"...E não adianta
Vir me detetizar
Pois nem o DDT
Pode assim me exterminar
Porque você mata uma
E vem outra em meu lugar...

-"Atenção, eu sou a mosca
A grande mosca
A mosca que perturba o seu sono
Eu sou a mosca no seu quarto
A zum-zum-zumbizar
Observando e abusando
Olha do outro lado agora
Eu tô sempre junto de você
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura
Quem, quem é?
A mosca, meu irmão!"

(Raul Seixas - Mosca na Sopa)

sábado, novembro 22, 2008

De fé

"Sempre que eu preciso
Me desconectar
Todos os caminhos
Levam ao mesmo lugar
É meu esconderijo
O meu altar
Quando todo mundo
Quer me crucificar...

Eu só quero estar
Com você!
Ficar com você!...

Quando o tempo fecha
E o céu quer desabar
Perto do limite
Difícil de agüentar
Eu volto prá casa
E te peço prá ficar...
Em silêncio
Só ficar...

Eu tenho muitos amigos
Tenho discos e livros
Mas quando eu mais preciso
Eu só tenho você...

Tenho sorte e juízo
Cartão de crédito
E um imenso disco rígido
Mas quando eu mais preciso
Eu só tenho você
Quando eu mais preciso
Eu só tenho você...

Tenho a consciência em paz
Tenho mais do que eu preciso
Mas, se eu preciso de paz
Tenho muito mais dúvidas
Do que certezas

Eu tenho medo de cobras
Já tive medo do escuro
Tenho medo de te perder..."

(De Fé - Humberto Gessinger - Engenheiros do Hawaii)

sexta-feira, novembro 21, 2008

Culpa da Blip FM

A Thousand Miles
(Vanessa Carlton)

"...If I could fall
Into the sky
Do you think time
Would pass me by
´Cause you know I´d walk
A thousand miles
If I could
Just see you...
Tonight..."

Em paz

Eu tenho tendência a reviver cenas na minha mente. Certas situações da minha vida ficam por algum tempo indo e vindo no pensamento. Em geral, são situações ruins, mas dessa vez, que bom, é algo bom.

Ontem o dia foi muito bom, muito especial mesmo. Eu sei que não senti sozinha, que sentimento é via de mão dupla, então acho que posso falar sobre isso aqui numa boa. Várias e várias cenas de ontem ficam voltando e voltando na minha mente, como num filminho mesmo. Coisas boas, doces, delicadas... É só ficar um pouco quietinha, e tudo volta, e lá estou eu novamente repassando, sentindo de novo.

Ando tão feliz! Tem gente que diz que fica com medinho quando a felicidade é demais, mas não, hoje não sinto nada disso... Pelo contrário. Só vontade de viver de novo, de sentir de novo... ai ai, meu coraçãozinho... Segura a onda aí, que tem tanta coisa mais pra viver...

quarta-feira, novembro 19, 2008

Daí...

Tá tarde pacas, amiguinhos, mas eu não podia sequer cogitar a hipótese de não vir aqui escrever que no fim meu querido veio me ver e salvar a quarta-feira.

Esse menino está me deixando extremamente mal acostumada, há de se dizer...

E feliz feliz feliz também...

:oD

Polianinha

Tá bom, tá bom, agora a parte legal da coisa... Quarta-feira continua sendo o dia oficial de pesar, né? Estou pesando 69,7... Em 5 semanas emagreci quatro quilos e trezentas gramas. Saí, finalmente, da casa dos 70 quilos e espero não voltar tão cedo... Esse eu já sei que é um momento complicado, pois o emagrecimento tende a estacionar. Cabe agora dar um gás especial ao regime e cuidar muito bem de tudo o que se come. Ainda faltam seis quilos, e faz pelo menos uns 3 anos que eu não peso menos do que esse peso de agora... Mas estou firme, vamos ver se consigo emagrecer pelo menos mais uns 3 quilos até o fim do ano. Torçam ae! rs

Hoje tá, viu...

Tá legal não, viu... Em geral quarta-feira é um dia lindo, com minha terapeuta me deixando levinha da silva e meu namorado lindo e querido me dando tooooodo o colo desse mundo. Daí hoje pelo visto não tem nem um nem outro... Quarta-feira chata, sem graça, feia, boba e feia, modeus... Ainda bem que amanhã é feriado... Só que eu vou trabalhar na sexta-feira... Blééé... Cadê a compensação, minha gente?

terça-feira, novembro 18, 2008

Inexorável

Vontade de te escrever, menininho. Poutz. Eu devo ser a louca da parada né? Psicótica. Manda internar de uma vez. Porque eu consigo te escrever assim, publicamente, mas não consigo abrir o imeiu e escrever pra você. Manja a porralouquice da pessoa que consegue escrever pra toda a web ler e não consegue escrever pro moço ler sozinho? Por que será né? Que eu tenho esses problemas. Eu não consigo sequer manter a coerência do texto. Começo em primeira pessoa, termino na terceira, começo falando com todo mundo, termino conversando com alguém. É que lá não tem escapatória, né? No email, eu quero dizer. Sou eu ali cara lavada (mal lavada, com um pouquinho de lápis e rímel de ontem, rs) e ele ali, carinha linda, olhinhos que eu amo e amo e amo. Porque eu amo seus olhos. Você sabia, menininho? Nunca disse, né? Arrá! Nunca digo essas coisas bonitas e fofuchas que alegram os corações das massas. Por que, por que? Mas a questão é bem essa mesmo. Aqui, minha gente, dá pra eu disfarçar, olhar pra cima, assoviar e fingir que é tudo ficção, manja? E você, menininho, pode até achar que é com você que eu to falando, mas nunca dá pra ter certeza. Não absoluta. Mas é, viu? rs... É pra você sim que tô escrevendo, embora a negação da coisa toda faça parte do processo. Daí que o que eu queria dizer é que meu coraçãozinho bobo e roxo pula, pulula, ulula por você (rá, adoro!), assim, na maior pieguice do universo. E daí vou até a estratosfera quando você me olha, e quando sorri, e quando me abraça, e quando fala a coisa mas sensata que poderia ser dita e eu adoro porque, oi, sensatez, aqui não há lugar pra você, né? Vocês sabem... Não aqui nesse corpitcho. Não aqui nessa cabecinha oca... Mas daí vem você que põe tudo no lugar e eu fico achando que andei bêbada nos últimos anos. Chapada, né, só podia, porque tu estava aí esse tempo todo, né, meu. E a cegueira predominava. Amor, amor, amor, só o que consigo explicar, o inexplicável, incontrolável e mil e uma outras dessas palavrinhas que deixam qualquer texto o must... Né? Tipo esse título que eu dei, rs. Dai eu fico aqui pensando, caralho, sou o ser mais bagunçado dessa cidade, cara, como eu sou uma pessoa dessas zoneadas, complicadas, e me aparece um menino assim todo arrumadinho pra eu atrapalhar, rá, eu sei, eu sei, calma, foi meio ironic mode esse atrapalhar. Eu não te atrapalho, eu meio que bagunço, mas no sentido bom da coisa, sabe? Eu sei que você sabe, meu bem, eu sei... De rasgar uns papéis e jogar pro alto, e rir e encher a cara de sorvete na saída do cinema? Nham nham, sabe, né? Então, nesse sentido de bagunça, uma bagunça altamente TESÃO mesmo, aquela coisa gostosa. Olhar pro lado e sentir que vcê tá ali... Poutz, que bom sentir isso. Saber que dá pra contar, sabe? Que se eu precisar, você vem... Ai, ai, que bom que está sendo pra mim, altos e baixos a parte (e nem encana, que essa parte é do pacote K. mesmo, é esquema meu, de fábrica) e coisa e tal tá melhorando tudo, sabe? Queria dizer assim com todas as letras que a vida tá melhor mesmo, e acho que estar junto é bem isso sabe? É acima de tudo dividir felicidade. Pronto, a brega, mas valha-me, que não tem como escrever sobre amor sem rolar na lama da breguice, né? E daí também, deixem que diguem que pensem e que falem, a idéia tá aí, acho que consegui pelo menos um pouquinho. Você ainda vai receber um e-mail meu nem sei quando, mas vai. Prometo. Porque você merece uma dessas cartinhas assinadas, datadas, com teu nome e coraçõeszinhos fofuchos embaixo. Você merece. E, se quiser, tem tudo de mim, tudo o que eu puder, lembra que sou menina de fases, não sou mulher de fases porque eu não me sinto assim, mulher, ai, que eu sempre me comprmeto com essas frases de efeito... É que é assim, eu mais me sinto adolescente do que mulher, mesmo com o trintão batendo na porta, é vergonhoso, eu sei, mas em geal é essa parte quem fala por aqui... Mas eu dizia, eu tenho minhas fases, mas em geral é meio que só mau humor e passa, enquanto que o sentimento não passa, pelo contrário, só aumenta e aumenta e aumenta. Tá aí, uffs. Acho que consegui. Pari um e-mail. Foi foda, viu? Contrações e pams, e fórceps no final, e meio que não teve final, só larguei mão mesmo e terminei. Um beijo, menininho. Fica bem.

"Preciso de um dia a seu lado
Pra que tudo se resolva enfim
Eu sei que eu posso ser o seu agrado
É só você cuidar de mim..."
(Legião Urbana - Quando Nada Mais)

Queimando coisa ruim

O fim de semana foi legal, acho que estou ascendendo na escala evolutiva. Sério. Sabadão eu andava meio pra baixo, com raiva, com umas sensações ruins, pé atrás total. Daí mandei ver na macumbinha, que na verdade nem é macumba, é só mais um dos meus super rituais que são tão particulares e próprios que não se encaixam em classificação nenhuma. Mandei ver mesmo. Coloquei o pequenino sentado confortavelmente em sua cadeirinha, cercado de muita tinta guache, papel e pincel, pra que ele ficasse ocupado uma par de horas, e então sentei ao lado, com bloco em punho, e mandei ver. Escrevendo, menina, a coisa sai que é uma beleza. Umas palavras horríveis, que você precisa ver. Vem mágoa até que eu nem sabia que existia. Impressionante como eu andava atolada de raiva, de coisas ruins e amargas. Mas aí saiu tudo no papel. Escrevia que nem uma louca, parecia psicografia, manja? Mandei uns quinze a merda, xinguei a mãe, o pai e todos os antepassados de mais uns vinte, assumi meu ciúme, minah insgurança, minha raiva, minha impotência diante de certos fatos, coloquei meus desejos ali, tudo o que quero de verdade pra mim, e foi lindo. Cara, foi lindo! Lágrimas nos olhos pra mim, e então o gran finale, uma queima daquelas bonitas. Uma fogueirinha como há tempos e tempos eu não fazia, e aquela mentalização bonita de que tudo o que é ruim e que me faz mal vira fumaça e tudo o que é bom vai direto pras alturas, pra voltar pra mim, na minha mão. Nossa, como foi bom ver tanta coisa ruim queimando ali na minha frente. Altamente terapêutico mesmo... De lá saí muito mais leve, muito mais preparada e então o domingo foi dos melhores mesmo. Passeei com meu filho, só nós dois, atenção exclusiva e total, brinquei com ele, rolei no chão, corri pelo parque, dei risada, beijei e cheirei ele muito. Almoçamos juntos, andamos de ônibus (que ele adora), passamos a manhã inteirinha grudados. Chegando em casa, ele mamou, dormiu e eu fui tomar um banho bem relaxante, me arrumar, me sentir bem pra encontrar meu amore. Deixamos o pequenino na casa do pai e foi tudo tranquilo, sem brigas, sem cara feia, paz, enfim, paz, tudo o que eu quero e preciso... E estar com meu querido foi ótimo, estava leve e feliz, e assim tudo flui, meu bom humor me inspira a ser uma pessoa melhor comigo, com ele e com o mundo. Mesmo vendo filme de terror daqueles que dá medo e dá vontade de esconder o rosto e fechar os olhos, eu relaxei por demais... Foi um fim de semana ótimo, estou feliz. Mesmo, de verdade. Recomendo o "exorcismo" pra quem quiser fazer, viu? Vale muito a pena. Beijos!

Vendendo peixe

O que dá ibope mesmo é a gente ser loser na vida. Verdade, cara. Porque se você é uma pessoa legal e bem resolvida, não tem bom texto que segure os caras na tua página. O povo clama por tragédia, minha gente. Pés na bunda daqueles bem doloridos, foras homéricos, os maiores micos do século, é isso que o povo quer ler no teu blog. Impressiona, né? Verdade dói, né? Pode se enganar. Vamos começar por aqui uma série as mazelas da minha vida que você vai ver só uma coisa se a visitação não vai nas alturas... Quer tentar pra ver, quer tentar?

sábado, novembro 15, 2008

*


Carta do dia: A Estrela

"Há momentos em que somos testados a manter uma fidelidade a uma postura mais sublime, em termos de reação ao mundo que nos cerca. A Estrela, significante de conselho para este momento em sua vida, vem sugerir a necessidade de cultivar a esperança como uma forma de manter acesa a sua luz interior. Ainda que os elementos concretos lhe desafiem ou lhe forneçam sinais negativos, é a sua postura de pensamento positivo que lhe permitirá superar os obstáculos. Procure manter o alto astral, a postura positiva e não desanime. Atue de forma clara, aberta, sem joguinhos, e no mínimo as pessoas lhe darão o maior valor!"

É, vamos ver... Porque eu acho que é bem aí que tá pegando mesmo... No valor que me dão... Tem horas que me entristece um pouco ver que as coisas não voltam da mesma forma que vão... Mas com certeza voltam na mesma intensidade... Positiva ou negativa, a força é a mesma, sabem? Tem horas que me cansa um pouco, daí tenho vontade de parar mesmo, ficar na minha, fechar a lojinha um pouco, colocar o pé em cima da mesa e refletir... Em alguns dias é momentâneo... Hoje, por exemplo, não será... Nem sei se vai passar... Às vezes algumas coisas que acontecem me fazer colocar um pequeno asterisco mental ao lado de certas pessoas, sabem? Uma pequena marca, uma lembrança. Não é mágoa, nem tristeza, nem nada, é só uma marca... Algo como: vá com calma por aqui, cuidado, porque o terreno é incerto, pode machucar, pode ser ruim pra você ir com tanta fúria, tanta sede. Claro que não é algo saído do nada... Funciona como uma conjunção de fatores que levam a isso. E nesse caso agora foi. Tá marcado. Pra apagar isso... Vixe, acho que ainda não aconteceu... Ou pelo menos não me lembro agora, ou foi tão gradual que eu nem percebi... Mas uma coisa é fato... É difícil deletar... Uma pena, mesmo. Putz, que pena, meu... Mas é assim que funciona no meu mundo. Você vai até um certo ponto, e terá toda a minha entrega, minha verdade, minha atenção, dedicação, minhas palavras, meu carinho, meu ombro, tudo, tudo mesmo... Entrega total... Mas... Passando do meu limite, não rola mais. Porque eu não deixo mesmo. E talvez não deixe nunca mais. Entra uma barreira estranha, uma proteçãozinha mesmo. É como uma daquelas cercas de espinhos... Ela cresce entre eu e a pessoa, e eu não sei muito bem lidar com ela. Não vejo mais alguns aspectos, não enxergo certas coisas... A pessoa sai do meu foco, e passa a ser aquela do lado de lá da cerca. E é involuntário esse meu afastamento. Quase defesa... Porque é engraçado, ela começa a ME machucar também. Já vi acontecer algumas vezes... Quando tento voltar atrás, sabe? Machuca. Dói, e me arrependo de tentar... Porque me lembro, sei lá... Daí bloqueia tudo. Não sei se estou sendo subjetiva demais. Talvez. Mas precisava registrar o asterisco. Que não deixa também de remeter à estrela da carta. Engraçado isso. Muito engraçado. Se não fosse triste. Mas tudo bem. Cada um sempre receberá e terá o que merece. Ponto. Desculpaí (não literalmente, mas ironicamente), mas eu sinto que mereço mais, bem mais... É bom ter essa noção, sabe? De que eu mereço mais e ando recebendo menos. Quase que um milagre dentro daquela mocinha de auto estima meio baixa. Mas é tudo parte de um processo. De entrega, de confiança, de desejos comuns. Não dá pra forçar, não dá pra atropelar os desejos de uma outra pessoa. Não dá pra chegar e se instalar, se o lugar ainda está meio sujinho, meio esquisito, com um cheirinho de mofo pairando no ar, manjam? Eu já limpei quase tudo aqui. O que resta é o normal, o natural, aquilo que eu acho que nunca vai sair mesmo. Mas até gosto. É como o álbum de fotos antigas, uma caixa de sapato com cartinhas e flores secas, as lembranças de dias bons, uma ou outra musiquinha aqui ou ali. Essa parte quase inofensiva da coisa toda. Quase, eu disse... Nunca será totalmente inofensivo. Mas voltando às limpezas internas de cada um, nem é reclamação isso. Não mesmo, porque cada um precisa do seu tempo pra sair do porão e chegar ao sótão. Eu ainda nem cheguei. Tô no segundo andar, mas ainda não é sótão. Tem fantasmas no sótão. E eu só consigo subir se me derem a mão. Menininha, né? Eu sei... Quase sempre, na verdade. Mas não nesses casos. Tecnicamente não muda quase nada. Só surge o asterisco mesmo, que traz a cerca. Que me lembra de parar de esperar, pra quem sabe começar a se surpreender. Pode ser, né? Por que não? Eu sei, eu sei que o meu ritmo é outro. (escuto a voz da minha terapeuta falando, rs). Ainda bem, ela diz. Que bom! Pra aprender, pra entender, pra exercitar meus desejos, pra conhecer coisas diferentes. Estou aberta, eu juro. Mas doer também não dá. Porque não vou deixar mesmo. Me recuso a ficar sofrendo. Via de mão dupla, sempre, aquela regra básica. Interpretações cruéis à parte, sempre gosto mais da minha versão mulher. Essa menininha vive metendo os pés pelas mãos, mesmo. Daí a pré-balzaca se enche e assume o comando. Pega o manche, abre o mapa e diz: pra lá, com toda força, apontando uma direção aleatória. Será que vai sobrar alguém no barco? rs... Pronto, segui totalmente o conselho da carta. Mais clara do que isso eu não sei ser. Porque me constrange. E absolutamente não é jogo. É só a minha forma de comunicação habitual mesmo. Lê quem passa por aqui, entende quem quer, questiona quem se interessar. E aí é que está a razão de toda essa novela. A falta de interesse, de vontade, de entrega... Aquilo tudo que me motiva e faz as borboletinhas se mexerem aqui no estômago. Bom, chega, né? That´s all, folks...

sexta-feira, novembro 14, 2008

Something

Era uma tarde daquelas bem comuns até que o telefone tocou. Faz tanto tempo. Foi num tempo
em que não haviam ainda identificadores de chamada. Também não haviam telefones sem fio. Já existiam os com teclado, mas o meu era daqueles de discar mesmo, cor de creme, bem clássico do fim dos anos 80, começo dos 90. Sempre sobrava pra mim atender o bendito. Sempre e sempre. "É sempre pra você mesmo", dizia minha mãe, o que era mentira. Era sempre pra ela, mas nem adiantava contrariar. Ninguém me telefonava nessa época. Ninguém mesmo. Quando acontecia, eu em geral não gostava. Não tinha muito o que dizer, na verdade. Era fim de janeiro, talvez começo de fevereiro, quando eu atendi aquele telefone, com uma voz de quem não falava há algumas horas:

- Alô...
- Oi, moleca
- ...

Sim, eu sabia quem era. Porque os meninos que foram as grandes paixões da minha vida sempre me arrumavam uns apelidinhos carinhosos e exclusivos. E esse era o dele. Eu não tinha apelidos pra ele na época, mas tenho um hoje: pedestal-mor. Ele também era o único menino que poderia me telefonar, apesar de ser a primeira vez que o fazia. E isso explica o silêncio, o meu susto, quase um pânico, que ele logo contestou perguntando mais alto:

- Alô, A...?
- Oi...
- Oi, sou eu, pedestal-mor, tudo bem?
- ... Eu tô bem... E você?
- Bem... Escuta, será que você pode me ajudar com aquela sua revistinha dos Beatles?
- ...

O silêncio apareceu dessa vez porque eu precisaria resolver um grave problema: como conseguir fazer com que as minhas pernas parassem de tremer para então me levantar, ir até o meu quarto, abrir a gaveta do armário e pegar uma daquelas revistinhas bem fuleirinhas que se comprava em banca de jornal com letras de música pra violão. É, minha gente, em 90 e pouco não existia o Deus Google e pra achar uma letra de música internacional você precisava manjar muito de inglês pra tirá-la de ouvido, comprar uma dessas revistinhas (procurando bem, pra achar a música certa) ou ainda ter um amigo que tivesse a sorte de ter a letra desejada. O caso dele era o terceiro, e pra minha sorte ou azar, a amiga era eu. Depois de um tempo o silêncio começou a incomodá-lo de novo:

- Alô?
- Eu tô aqui...
- E então, você me ajuda?
- Vou lá pegar, espera aí...
- Ok...

Ele nem sequer poderia imaginar que comprei aquela revistinha por causa dele. Só para impressioná-lo, só para que ele achasse que dividíamos um interesse em comum. Ela foi estrategicamente comprada e estrategicamente colocada na minha mala de viagem. Assim, meio displiscentemente, em meio a revistas "Carícia", que eu adorava, e algumas "Capricho"... Era dos Beatles, mas eu também tinha uma do Legião Urbana, outra do Raul Seixas e uma de músicas internacionais variadas. Ele caiu na minha isca. Na praia, quando nos encontramos, deixei a tal revistinha meio a vista e descobri que ele reparava, sim, nas minhas coisas. Rendeu muito papo essa revista, e agora tinah rendido tambem um telefonema. Benditos centavos que gastei naquela porcaria feita em papel vagabundo e que agora eu trazia pra sala, pro lado do telefone, como um tesouro.

- Qual você quer?
- Na verdade queria todas, mas por agora serve Something.
- Eu xeroco pra você.
- Sério?
- uhum...
- Quando você vem?
- Fim de semana, capaz...
- Passo lá então pra pegar
- uhum...
- Mas me fala a Something...

"Sâmfim". Era assim que ele falava. E eu ditei "Sâmfim" pra ele, com meu inglês ridículo. Ele anotou, com o inglês ridículo dele. Eram mais fonemas do que palavras, imagino. Nunca vi essa anotação, assim como ele nunca pegou o meu xerox, que eu com tanto carinho levei na bolsa quando estive, mais uma vez, na casa dos meus primos que moravam perto dele. Tempos depois, num ataque de raiva e ciúmes de uma namoradinha que ele tinha arranjado, rasguei os xerox todos. Não sei o que aconteceu com a revista. Provavelmente deve ter ido pro lixo também. Nem eu nem ele sabíamos direito o que queria dizer essa letra linda, mas ela tinha bastante a ver com a gente. Com o amor, a atração, o carinho que eu sentia por ele, e que hoje sei que ele sentia também, mas não demonstrava. Ou demonstrava do seu jeito menino, que eu não conseguia, não queria, não sabia captar. Não importa. O que eu sentia era algo que eu não explicava. Something... E eu não estaria aqui hoje escrevendo isso tudo sem ele, e isso é tudo o que interessa.

Something
(George Harrison - The Beatles)

"...Something in the way she moves
Attracts me like no other lover
Something in the way she woos me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

Somewhere in her smile she knows
That I don't need no other lover
Something in her style that shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

You're asking me will my love grow
I don't know, I don't know
You stick around now it may show
I don't know, I don't know

Something in the way she knows
And all I have to do is think of her
Something in the things she shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how..."

quinta-feira, novembro 13, 2008

Meus novos florais de Bach

Cherry Plum (Prunus Cerasifera)

Padrões de Desequilíbrio - À beira de um colapso nervoso. Medo de perder as estribeiras.

Qualidades Positivas - Coragem calma, tranquilidade, fluência das emoções. Controle emocional . Capaz de manter a sanidade apesar de torturas físicas o mentais, por exemplo, um prisioneiro de guerra, uma vítima de sequestro. Personalidade descontraída e tranquila, calma e corajosa mesmo em momentos de crise.

Meu comentário: essa essência reflete meu modo estourado, meus berros, minhas atitudes impensadas, com as quais estou sempre brigando. Estou muito melhor, e vou melhorar ainda mais.

Impatiens (Impatiens Royale)


Padrões de Desequilíbrio - Irritadiço. Impaciente. Fisicamente irrequieto. Nervoso. Faz tudo depressa, como forma de aliviar a tensão mental devido à frustração e a outras pressões, não consegue esperar, quer tudo "imediatamente". Grande sentido de independência, preferem trabalhar sozinhos. A tensão faz com que tenham dores na nuca, no pescoço e nos ombros.

Qualidades Positivas - Personalidades vibrantes, mas menos apressado na acção e no pensar. Mais relaxado, paciente, tolerante e gentil em relação às limitações dos outros e às "situações desagradáveis". Pessoas activas e decididas, brilhantes as mais das vezes, que colocam a sua agudeza mental e inteligência ao serviço dos outros, conseguindo desfrutar a vida e usando de diplomacia para lidar com os outros e com as situações que se apresentam.

Meu comentário: sou eu, descrição perfeita. Ansiedade sempre a mil. Mas vou melhorar também. Ah, vou sim!

Hornbeam (Carpinus Betulus)

Padrões de Desequilíbrio - Cansaço, Esgotamento por desgaste e fadiga mental. Debilidade face à rotina quotidiana. Dúvida acerca da capacidade de encarar ou de suportar as coisas, conseguindo no entanto concretizá-las. Dificuldades para digerir o excesso de estimulação mental. Sobrecarga mental que gera irritação e cansaço.

Qualidades Positivas - Certo da própria capacidade e força para encarar problemas e aquilo que, a princípio, possam parecer dificuldades insuperáveis. O Remédio que dá forças para os que se sentem cansados física e mentalmente e não conseguem suportar as coisas do momento, desperta e liberta a mente. Vitalidade, dinamismo e vigor para fazer o que dá prazer e fazer com prazer o que se faz.

Meu comentário: ultimamente tudo o que eu desejo é ter vontade de fazer com prazer o que eu faço.

Wild Oat (Bromum Asper ou Bromus Ramosus)

Padrões de Desequilíbrio - Indecisão no que diz respeito ao que fazer. Indefinição das ambições, vocação indeterminada ou insatisfeita. Pessoa talentosa, ambiciosa; tenta muitas coisas, mas nenhuma lhe traz felicidade, tornando-se frustrada e deprimida. Pode sentir-se entediada. frustração por não encontrar o caminho na vida, falta de metas, de harmonia interior, de direcionamento e canalização das suas energias de vida. Frustração, aborrecimento, falta de realização. Dificuldades de integração social, quer seja por remar contra a corrente ou por não ter direção.

Qualidades Positivas - Carácter definido, talentos e ambições claras. Metas definidas e perseverança para lá chegar; objectivação, metodologia em relação ás metas. Capacidade de reconhecimento dos próprios potenciais e perseverança para os desenvolver. Wild Oat é o Remédio que pode ajudar na escolha de uma carreira. Vida plena de significado e felicidade.

Meu comentário: Há tempos que não tomava Wild Oat, mas quem sabe é o momento...

Oak (Quercus Pedanculata ou Quercus Robar)


Padrões de Desequilíbrio - Stress por esgotamento, sobrecarga, á beira do colapso físico e nervoso. Trabalha demais e esconde o cansaço. Dores na nuca e ombros devido á tensão intensa, devido á postura do dever antes de tudo. Incapacidade de pedir ajuda ou mostrar fragilidade, insistindo que é capaz até á exaustão, também por medo de decepcionar os outros.

Qualidades Positivas - Forte, paciente, cheio de senso comum, pode suportar uma grande tensão. Tem coragem e permanece tranquilo em qualquer situação. Gosta de ajudar os outros. Batalhador, esforçado, estável, que não desanima nem perde a esperança. Confiável. As pessoas de personalidade Oak são corajosas e lutam contra adversidade, as dificuldades e as doenças sem perder a esperança. (Embora esta possa parecer uma descrição positiva, somente quando a força interior começa a diminuir e a entrar em colapso, causando cansaço e sinais de que a batalha está perdida, é que Oak se faz necessário.)

Meu comentário: alguém duvida que eu esteja cansada?

Chicory (Cichoriam Intybas)

Padrões de Desequilíbrio - Personalidade possessiva, por medo de não ser amada. Amor possessivo. Sente-se facilmente magoado ofendido e rejeitado. Dependente, controlador, vitimado, egocêntrico, possessivo, egoísta, manipulador. Gosta de sugerir, corrigir os outros modificar, organizar, dirigir os demais. Afetivamente carente, busca gratidão, recompensa e reconhecimento, lida mal com sentimentos de rejeição, o "mal amado", sempre com medo de perder o afeto dos outros. Dificuldade de se descontrair, desapegar, desprender gerando relações opressivas, angustiantes, esmagadoras e controladoras.
Exige que os outros se ajustem ao seu "elevado sentido de valor", especialmente em relação aos que lhe são mais próximos e queridos. Crítico. Interferente. Fala dos "Favores ou deveres que lhe são devidos". Quando contrariado, fica irritável, até mesmo chorão. Fica envenenado por essas emoções. Não gosta de estar só.

Qualidades Positivas - Preocupação e cuidado amoroso para com os outros, sem egoísmo. Dá sem nenhuma intenção de receber em troca. Personalidade com grande força interior e capacidade de amar, protetora, carinhosa, afetuosa, plena de amor desinteressado. Transmite calor humano, amabilidade, segurança e protecção, sem com isto impedir a liberdade, a independência e a autonomia, com profundo respeito pelo próximo. Grande e penetrante poder de discernimento, vontade férrea e determinação, com sentido de justiça e protecção aos necessitados.

Meu comentário: a descrição negativa sou eu completamente! Quero muito mudar!

Meus novos florais da Califórnia

- Pretty Face (Triteleia Ixioides)

Padrões de Desequilíbrio - Pessoas que se sentem feias e rejeitadas. Identificação excessiva com o aspecto físico da personalidade.

Qualidades Positivas - Ajuda a contatar com a luminosidade e beleza interiores e aceitação da aparência pessoal. Para pessoas que querem ser bonitas e agradar e que temem ser rejeitadas, desvalorizadas e tem medo de se sentirem "o patinho feio". Ajuda a vincular-se com a beleza interior, para que se encontre um ponto de equilíbrio entre o ser e o mostrar. Para adolescentes, na menopausa, na gravidez, ou quando o aspecto físico é posto em causa e gera sofrimento. Ajuda os que se consideram feios e sem valor, a sentirem a sua beleza espiritual. Dá beleza e coragem interior.

Meu comentário: hahaha... Bingo!

- Bleeding Heart

Padrões de Desequilíbrio - Pessoas com tendência a estabelecer relações afetivas baseadas no medo e na possessividade, criando dependência emocional. Sofrimento em virtude das perdas, do abandono, das rupturas sentimentais, nos sofrimentos emocionais, co-dependência emocional, amor sufocante, simbiótico. Para pessoas que vivem no espaço emocional do outro. Ruptura amorosa.

Qualidades Positivas - Potencia a verdadeira capacidade de amar o outro de forma incondicional, com liberdade emocional. Fortalece e purifica o coração, dá suporte nas perdas emocionais. Faz a pessoa sentir que tem valor por si mesma, não por estar com alguém. Dá liberdade emocional, amor incondicional, de coração aberto. Estimula o chacra cardíaco, equilibra a pressão sanguínea e alivia problemas circulatórios. Proporciona paz, harmonia, auto valorização.

Meu comentário: é, esse negócio é bom mesmo!


- Rabbitbrush - (Chrysothamnus Nauseousus)

Padrões de Desequilíbrio - Aquelas pessoas que se perdem ou se sentem oprimidas pelo excesso de detalhes ou das muitas coisas que tem que fazer ao mesmo tempo, o que as faz esquecer metade delas ou então não conseguir lembrar de tudo, o que contribui para aumentar mais a confusão mental que o detalhismo provoca.

Qualidades Positivas - Dá mobilidade e flexibilidade, torna a atenção mais vívida, melhora a visão global possibilitando a incorporação de detalhes e a realização simultânea de diferentes actividades. Desenvolve a atenção e a concentração sem fechar o campo de visão total, o que permite integrar ambos os aspectos. Elimina o sentimento de angustia.

Meu comentário: preciso de um litro!

Chamomile (Anthemis Cotula)

Padrões de Desequilíbrio - Pessoas que se irritam com facilidade e tem grandes mudanças de humor e estados emocionais flutuantes."Perdem as estribeiras" com facilidade e são incapazes de liberar as tensões emocionais. Tensão no estômago. Stress, mau humor, irritabilidade. Flutuações emocionais, acessos de raiva, ciclotímicos. Distensão abdominal, caprichos.

Qualidades Positivas - Relaxa, equilibra, permite liberar a tensão. Ajuda a liberar a tensão acumulada durante o dia e dá uma disposição serena e equilíbrio emocional.

Meu comentário: perfeito!


Mariposa Lily (Calochortus Leichtlinii)

Padrões de Desequilíbrio - Pessoas que tiveram algum tipo de perturbações nos seus vínculos com a mãe: abandono, super proteção, mãe sobrecarregada ou outros, que deixaram no paciente uma sensação de distância, e vazio afetivo. Falta de modelo feminino.

Qualidades Positivas - Melhora os vínculos com a mãe interior e ajuda a criar modelos a partir de si mesmo, melhora a relação com todo o feminino, tanto em homens como em mulheres e portanto, com todos os seres que nos cercam. Faz com que a pessoa se sinta amada e capaz de amar. Melhora a relação com a mãe, especialmente nos adolescentes e com a figura feminina em geral. Melhora os vínculos com a mãe interior, ajuda a criar modelos a partir de si mesmo, melhora a relação com todo o feminino, tanto no homem como na mulher. Para filhos não desejados, adoptivos, filhos de lares destruídos. Enternece e é um bom remédio para a maternidade e a paternidade positivas. Identificação com o feminino, nutrição e calor materno.

Meu comentário: sim, mamãezinha, você me faz MUITA falta.

Buttercup (Ranunculus Occidentalis)

Padrões de Desequilíbrio - Baixa auto-estima, insegurança, timidez. Dificuldades de relacionamento. Tendência a desvalorizar-se e a comparar-se com os outros. Reserva excessiva, auto desvalorização, temor do fracasso.

Qualidades Positivas - Tende a auto valorização e "esquecimento" da auto anulação, começa a apreciar o seu próprio valor. Para crianças introvertidas e que se sentem diminuídas em família, ajuda a encontrar a aceitação. Estimula a memória e a lucidez. Tranquiliza nos momentos de provação e melhora o rendimento e a expressão. Proporciona calma e equilíbrio para falar em público. Para idosos que deixam de encontrar um sentido na vida. Melhora o rendimento nos exames e permite encontrar um recanto de amor no lar. Aporta uma luz interior radiante, sem apegos ao reconhecimento externo.

Meu comentário: mais uma vez o lado negativo me descreve perfeitamente.

Tansy (Tanacetum vulgare)

Padrões de Desequilíbrio - Pessoas que protelam as coisas. Pessoas indecisas, passivas, descuidadas, com inércia ou desinteressadas. Baixa energia, entorpecimento, letargia, indiferença e despreocupação.

Qualidades Positivas - Decisão e orientação para os objetivos, direcionamento dos propósitos. Ajuda a cumprir com decisão os objetivos e as motivações. Reforça o propósito, a vontade e a iniciativa, permitindo atingir as metas. Ajuda a concretizar.

Meu comentário: um litro pras Mamíferas!

Paz

Puta saudade de você, poetinha. Esmagadora mesmo. De repente me deu um medo de nunca mais falar contigo. Um medo da gente nunca mais ser amigo. E pelo visto é por aí que vai acontecer. Eu queria tanto que você me entendesse, queria tanto que você percebesse que foi minha salvação. Queria que você soubesse que me salvou, que me ergueu, que me mostrou quem eu era, que me resgatou de onde eu andava rastejando e chorando. Limpou minhas lágrimas, sorriu pra mim, me inspirou, me curou (ou ao menos iniciou a cura que está terminando agora). Cara, se estou aqui agora de cabeça erguida, sorrindo, cuidando da minha vida, do meu filho lindo, amando até demais da conta, feliz, em grande parte é culpa tua, querido. Sei que você não queria as coisas exatamente assim, sei que te pareço egoísta, cruel e mais umas quinze mil palavras duras. Eu sei. Uma pena eu ter falhado com você enquanto você me fez tantas coisas boas, mas a intenção era das melhores, eu te garanto, eu te juro, eu nem sei mais como tentar te expicar uma coisa dessas. Eu sei que o tempo não adianta pra você. "Depois pra mim é nunca" você me disse uma vez, explicando que o tempo não te moldava, mas sim as atitudes. Minhas atitudes foram as mais sinceras possíveis... Amei tudo que podia, me entreguei até onde consegui, e quando não consegui mais, me afastei, mas nunca foi mentira, nunca foi falsidade, nunca foi invenção, nunca usei você, nunca enganei, nunca tive má fé. Simples assim. De vez em quando você me surge tão forte aqui que simplesmente preciso, tenho necessidade de dizer algo. Eu entendo suas reações, não tiro sua razão, mas queria que você soubesse que estarei sempre aqui, e que não precisa fazer nada, só me deixar aproximar, e estarei por perto de novo, pra te ajudar no que você precisar, pra falar sobre o que você quiser, enfim, pra você. Fique em paz.

Close to you

Lindo, você. Nem preciso dizer muito. Só de te olhar já consigo dizer o quanto você me deixa feliz. Mas faz tão bem registrar aqui também que tive que vir agora mesmo, enquanto ainda te sinto aqui perto. O perfume, o abraço, a presença toda. Te percebi hoje de um jeito diferente. O canceriano sempre esteve ali. Fácil de ver, simples de entender. Doce, carinhoso, querido, meio rabugentinho e contrariado de vez em quando, mas de um jeito encantador, rs. Mas buscava o aquário de você. Não via bem. Hoje achei. Os olhos brilhando enquanto falava, que lindo. Adoro te ouvir falar do que você realmente gosta... Explicar, detalhar. Tranquilo, sereno, buscando exemplos pra me ajudar a entender. Meu coração chega a doer de tanto carinho que sinto. Fico olhando, admirada mesmo. Com as reações que você anda me provocando. Químicas também. Todas elas. Reajo a você de mil formas. Da meiguice à completa entrega mesmo. Fico em suas mãos, e me sinto extremamente segura ali. Me dá uma força que você nem imagina. Não mesmo. Porque às vezes acho que não consigo demonstrar essas revoluções que acontecem aqui dentro, devagar. Bom que seja devagar, porque vou vendo bem onde estou pisando, e assim não despenco. Bom te ver, amore, bom saber. Que ainda consigo ser assim, entrega total. Obrigada.

"That is why all the girls in town
Follow you, all around
Just like me, they long to be
Close to you..."

(Close to you - Carpenters)

quarta-feira, novembro 12, 2008

Baú

Andei lendo uns trechos de um livrinho água com açúcar cujo autor e tema agora nem mais interessam. Não era uma grande obra da literatura, mas mexeu comigo, que é o que realmente
importa. Palavras com sentimento sempre mexem comigo. As histórias de amor também, mesmo as mais óbvias, porque na obviedade me reconheço também. Tenho vontade de registrar certas coisas, pra que não se percam, pra que não desapareçam. Palavras ficam, mesmo quando as pessoas vão. Aprendi assim, mas nunca consegui contar com a verdade necessária. Sempre deixo algo no ar, como quem teme ser reconhecida no meu amor. Me sinto nua quando me exponho tão abertamente. Então cubro o que me interessa, deixando que vejam só onde eu quero que vejam. Também porque não quero confundir ninguém. É que quando a gente escreve, aquilo não é passado, vira presente, porque revive e se eterniza ali, naqueles parágrafos, naquelas letras. E os motivos pra eternizar algo podem confundir. Meus motivos são tão simples: mexer com meus leitores, fazê-los acessar gavetas empoeiradas atrás de uma antiga fita cassete, revirar o lixo e encontrar uma foto rasgada ao meio, e ter vontade de colar com durex. Fazer suspirar, fazer que se sintam vivos, como certas pessoas fazem comigo diariamente. Daí que retomo, sem grandez pretensões, aquilo que já antes abandonei, o exercício diário de repassar alguns momentos importantes e pessoas importantes. Tudo no passado mesmo. Pra não deixar cair no esquecimento. Só pra não virar poeira de estrela. Pra não ficar "numb"... Acho que vocês vão gostar.

"...because he's in love with a drug
one that makes him numb
one that stops him feeling at all
he's in love with a drug
forget everyone
he really doesn't care anymore
anymore...
he doesn't want to care anymore
just keeps loving the drug
the one that makes him numb
the one that stops him feeling at all
just keeps loving the drug
the drug that he's become
he isn't really here anymore...
And that makes me cry..."

(The Cure - Numb)

terça-feira, novembro 11, 2008

"É preciso que haja um ritual"

" - Teria sido melhor se voltasses à mesma hora - disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz! Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar meu coração... É preciso que haja um ritual.
__ Que é um "ritual"? -perguntou o principezinho.
__ É uma coisa muito esquecida também -disse a raposa. __ É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, adoram um ritual. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira é então o dia maravilhoso! Vou passear até à vinha. Se os caçadores dançassem em qualquer dia, os dias seriam todos iguais."

(Pequeno Príncipe)

Que bom que meus dias não são mais todos iguais... :oD

segunda-feira, novembro 10, 2008

Joaninha

Ô minha linda dos cabelos vermelhos, que bela lavada de roupas sujas tivemos, né? Sei lá, parei aqui de repente e resolvi repensar nosso papo de sexta e, putz, foi um papo bão demais. Sempre bom te ler, em qualquer mídia, sempre bom te ouvir tão sensata, menos quando fala de você mesmo, que daí tua sensatez toda vai pras cucuias. Que bom que disso tudo me restou você. Que bom que dessa profusão de sentimentos nossos restou umas lições aprendidas pelas duas. Que bom que eu consegui te contar o último detalhezinho que faltava falar, e que me incomodava. Nem era assim tão cabeludo o tal segredo, era mais uma bobagem, mais uma daquelas loucurinhas que eu fiz naquela época. Faz tanto tempo, já, né? Mas era por amor, porque o amor me move assim, fazendo pequenas e doces loucurinhas. E eu precisava falar, e falei, e agora estou em paz. Que bom que nossas vidas continuam sincronizadas, seja pelos meninos (sim, meninos) que amamos juntas, pelas confusões que dividimos, pelas fotos que trocamos, por tudo que brigamos. Te odiei um tanto, e o mesmo tanto fui odiada, te amo um tanto e da mesma forma me sinto amada e recompensada por aquele período estranho. E quem diria que no fundo foi você quem arquitetou isso tudo, héim? Formou os pares, fez os acertos, e lá fomos nós mergulhar no escuro. E quem foi que duvidou que a gente consegue tudo o que pede? Tem que ter cuidado com os pedidos, né, ruivona? Era isso, amada, não se incomode com pequenez do mundo, com esses vazios todos, não se perturbe, pois o incômodo que causamos em geral é reflexo da insegurança alheia. Imensos beijos de carinho sempre.

Espelho, espelho meu

Recebi um e-mail comentando que ando vaidosa, por conta do aparelho que coloquei e do regime que estou fazendo. Fiquei pensando sobre isso, e acho que é mesmo verdade, eu ando um pouco mais vaidosa mesmo. Tem várias explicações pra isso. Primeiro é que esto feliz e por estar feliz acabo buscando maneiras de me sentir ainda melhor comigo mesma e de demonstrar ao mundo minha felicidade. Claro que tudo isso não é um processo consciente, mas acaba rolando. Em segundo, acho que estou arrumando formas pra lidar com minha insuportável insegurança. Claro que eu não fico o dia todo só pensando nas coisas em mim que eu não gosto, mas quem me conhece bem sabe que eu sempre acabo perguntando se estou muito gordinha ou feia de aparelho, rs. É estranho, porque mesmo sabendo de algumas coisas, me faz muito bem ouvir. É como se a opinião alheia falasse mais alto do que o próprio espelho às vezes. Além de refletir, ressoa, ecoa e aquilo se fixa melhor na minha mente. Viagem, né? Eu sei... Mas sabe que hoje até que estou me achando toda bonitinha? rsrs...

quinta-feira, novembro 06, 2008

Três coisinhas

Basicamente, muito trabalho e três coisas novas... Emagreci 600 gramas nessa semana... Estou pesando 70,2 kg...
Aé que esta bom pra quem teve um ataque de formiga, rs...

Outra novidade é o aparelho ortodôntico que eu coloquei... Uffs, nos primeiros dias foi bem estranho, agora já estou bem acostumada...

Andei meio chorona e tristinha nesses dias, será tpm? De novo? Argh, ninguém merece...

terça-feira, novembro 04, 2008

Pra quem pode

É engraçado.
Aqui tem muita gente que vive de nariz erguido, olhando todo mundo por cima. Já nem ligo mais.
Porém, algumas pessoas surpreendem. Poderiam ser as mais antipáticas do mundo, mas sorriem de verdade e conversam te olhando nos olhos.
Essas sim valem a pena.
Poder é transitório, né... Já caráter...