quinta-feira, dezembro 28, 2006

direto de 2005 - parte 2

Ela segurou forte a mão dele, entrelaçando os dedos. Não eram namorados, nem nunca seriam. Ele sabia disso, sempre soube. Ela também sabia. Não daria certo. Eram tão diferentes, comprometidos com tantas coisas diferentes. Mas isso não fazia o amor diminuir. Ao contrário, misteriosamente isso somente fazia as sensações se multiplicarem. Eles não lutavam contra aquilo. Não achavam justo podar algo tão forte, com tanto potencial. Coisas ruins devem ser eliminadas, as boas só podem ser cultivadas e aproveitadas.

De repente, ele sentiu-se clandestino. Não era nada criminoso o que faziam. Ele, afinal, só havia atravessado a cidade para estar ali, ao lado dela, naquele ponto de ônibus. Era um dia frio, chuvoso. Mas nada importava. Ele só precisava vê-la, rapidamente, antes de seguir para a faculdade. Para ganhar fôlego, para voltar a sorrir, para ter forças para continuar.

Atravessou a cidade para abraçá-la. Porque era só o que importava. Era só quem importava. Quando o ônibus chegou, tão rápido, ele se entristeceu. Estariam mais uma vez separados. Ela então se aproximou e o beijou, nos lábios. Um beijo de amigo, explicou. Ele entrou no ônibus e tirou a touca da cabeça, segurando cadernos e livros e atrapalhado pela multidão que tentava passar pela catraca. Olhou pela janela do ônibus. Ela o acompanhava com o olhar. Já aquele beijo... Esse o acompanhou pelo resto de sua vida.

Sai, uruca...

Tem certas coisas que eu juro que gostaria de entender melhor. Se você quer distância de alguém, por que procura essa pessoa? Se você não quer que ela saiba que procurou, por que deixa rastros? Se deixa rastros, qual o objetivo? Fazer com que ela te procure também? Dizer "ei, estou por aqui, mesmo sem falar nada"?

Qual a razão de um comportamento estranho desses? Isso sempre me irritou... Essa presença distante... Essa proximidade que nunca se concretiza... Um perto que nunca está tão perto quanto deveria ou poderia... Um bate-assopra... Talvez isso aconteça porque eu mesma permito... Mas não vai durar muito tempo... Ah, não vai não...

Chega de meias-verdades, de gente que não se entrega, não se joga de cabeça nas coisas como eu faço sempre... Chega de gente que tem medo do que os outros vão pensar, do que os outros vão fazer ou falar... Chega de quem mede consequência de tudo e vive se podando pra agradar a maioria e conciliar as multidões revoltadas... Seja de tentar salvar o mundo. Quero é salvar minha própria pele...

Direto de 2005

Vamos, me fale dela", eu pedi a ele...
Ele ficou um pouco sem graça... Será, afinal que eu ainda tinha intimidade o suficiente para perguntar assim, de forma tão direta, sobre a nova namorada dele?
"Ela é bonita... Carinhosa, romântica...", ele disse
"Tá, tá", interrompi... "Agora tira ela do pedestal onde você coloca todas as suas garotas e me diga como ela é realmente"
Ele sorriu. Ficou calado um tempo... "Você sabe que é uma das poucas que ainda ocupa lugar nesse pedestal, não é?"
"O plural na sua frase é o que me incomoda, sabia? Tsc Tsc... Continua o mesmo canalha de sempre..."
Rimos... Juntos... Como sempre...
Tão bom perceber que um tempo separados não muda nada... Absolutamente nada...

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Sentimental

sentimental . [Do ingl. sentimental, pelo fr. sentimental.] Adj. 2 g. 1. Relativo ao sentimento. 2. V. sensível (6). 3. Que se deixa comover com facilidade; sensível ao extremo. 4. Que tem ou mostra sentimento, sincero ou simulado. 5. Que afeta uma sensibilidade romanesca. ~ V. drama -. • S. 2 g. 6. Pessoa sentimental.

"De tanto eu te falar você subverteu o que era um sentimento e assim
Fez dele razão... Pra se perder no abismo que é pensar e sentir.
(...) ´Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te ver buscando o
sentido daquilo que você ouviria displicentemente... Se ela te fosse direta, você a rejeitaria.´
- Eu só aceito a condição de ter você só pra mim.
- Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir... e rir."

(Los Hermanos)

terça-feira, dezembro 26, 2006

ho ho ho

E no fim sobrevivi ao Natal... Sempre odiei Natal, mas poxa, agora eu tenho um filho... Não posso mais odiar Natal... Eu sei que ele nem entende nada, mas foi tão legal... Comprei presentes, ele ganhou presentes de todos os lados, e nós conseguimos agradar todo mundo, até nós mesmos... Passamos a véspera com a minha família, a madrugada com nossos amigos e o dia de Natal com a família dele. Estamos quebrados, é claro, mas valeu a pena. Eu até gostei dos presentes que eu ganhei. Eu até comi salada agri-doce e gostei. Teve até Cidra Cereser e casa cheia. Foda.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Socorro!

Tem coisa mais micada do que amigo secreto no trabalho? Argh, por que eu ainda entro nessas roubadas? Só pra parecer sociável? Tsc... Agora fico aqui, sofrendo, tentando me preparar para o loooongo dia de amanhã... Argh!

ps: Tem coisa mais miserável que amigo secreto de R$15??? Não dá pra comprar nada decente com 15 reais!

terça-feira, dezembro 12, 2006

Justificativa rápida

Por que eu tenho tanta necessidade de me explicar para o mundo? Será que inconscientemente eu me considero não-compreendida?

Tá, eu tenho um blog novo. Então fiquei pensando que seria de bom tom eu explicar os motivos de ter criado um blog novo... Não sei porque eu quero explicar... Não devo nada pra ninguém, se quiser posso criar um blog novo todo dia e brincar de esconde-esconde com meus milhares de leitores... Eles nunca saberão onde estou escrevendo agora...

Mas não. Eu sou legal. Vou linkar meu blog novo em todos os blogs antigos e até no meu outro blog. Talvez eu coloque um link do meu novo blog até mesmo no Orkut. Provavelmente eu colocarei um link no fotolog também... Eu não sou legal?

Por que diabos você fez um blog novo, Kath? Ok, vocês descobriram, meu grande plano para ele, talvez porque meu grande plano seja o de sempre: voltar a escrever diariamente, fazer um sucesso estrondoso com meus textos polêmicos, instigantes e incrivelmente inteligentes, virar uma pop star da internet, vender os direitos do meu blog para o Google e depois passar o resto da minha vida boiando em uma piscina bebendo coquetéis de fruta com canudinhos guarda-chuva...

Não gostou? Poxa, eu achei que era um plano tão legal...

domingo, dezembro 10, 2006

Crédito natalino

Ok, agora é oficial, eu voltei a ter cartão de crédito! Até agora não sei o motivo que me levou a entrar novamente nessa grande roubada, mas cá estamos nós. Agora tenho um mundo inteiro aos meus pés na distância de um clique do mouse. E no Natal! Onde eu estava com a cabeça? É impressionante o meu consumismo. Eu nunca vi alguém precisar comprar tantas coisas como eu. É só eu sentar aqui e começar a pensar que arrumo uma lista com uma centena de badulaques “indispensáveis”... Pra ajudar eu adoro presentear as pessoas e não resisto a comprar pequenos e grandes mimos... E é Natal!! Argh, não sei onde vou daqui a alguns meses... Talvez no SPC, hahaha...