segunda-feira, novembro 22, 2010

Prosa da separação - parte 3

O segundo doeu mais, e ele nem era namorado. Dele eu gostava um pouquinho, e pela primeira vez a rejeição foi verdadeira mesmo. Rejeições platônicas aceitam interpretações variadas. Rejeições reais sangram, dóem. Não é assim a melhor das sensações, definitivamente. Legal é ver que quinze anos depois o cara ainda me procura. Sempre do mesmo jeito, como quem não quer nada, sondando terreno. E de tempos em tempos eu tenho a chance de me vingar. De novo, e de novo. Vingança sendo devorada fria e em pequenas porções. Indescritível.

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