quinta-feira, novembro 13, 2008

Paz

Puta saudade de você, poetinha. Esmagadora mesmo. De repente me deu um medo de nunca mais falar contigo. Um medo da gente nunca mais ser amigo. E pelo visto é por aí que vai acontecer. Eu queria tanto que você me entendesse, queria tanto que você percebesse que foi minha salvação. Queria que você soubesse que me salvou, que me ergueu, que me mostrou quem eu era, que me resgatou de onde eu andava rastejando e chorando. Limpou minhas lágrimas, sorriu pra mim, me inspirou, me curou (ou ao menos iniciou a cura que está terminando agora). Cara, se estou aqui agora de cabeça erguida, sorrindo, cuidando da minha vida, do meu filho lindo, amando até demais da conta, feliz, em grande parte é culpa tua, querido. Sei que você não queria as coisas exatamente assim, sei que te pareço egoísta, cruel e mais umas quinze mil palavras duras. Eu sei. Uma pena eu ter falhado com você enquanto você me fez tantas coisas boas, mas a intenção era das melhores, eu te garanto, eu te juro, eu nem sei mais como tentar te expicar uma coisa dessas. Eu sei que o tempo não adianta pra você. "Depois pra mim é nunca" você me disse uma vez, explicando que o tempo não te moldava, mas sim as atitudes. Minhas atitudes foram as mais sinceras possíveis... Amei tudo que podia, me entreguei até onde consegui, e quando não consegui mais, me afastei, mas nunca foi mentira, nunca foi falsidade, nunca foi invenção, nunca usei você, nunca enganei, nunca tive má fé. Simples assim. De vez em quando você me surge tão forte aqui que simplesmente preciso, tenho necessidade de dizer algo. Eu entendo suas reações, não tiro sua razão, mas queria que você soubesse que estarei sempre aqui, e que não precisa fazer nada, só me deixar aproximar, e estarei por perto de novo, pra te ajudar no que você precisar, pra falar sobre o que você quiser, enfim, pra você. Fique em paz.

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