terça-feira, novembro 18, 2008

Queimando coisa ruim

O fim de semana foi legal, acho que estou ascendendo na escala evolutiva. Sério. Sabadão eu andava meio pra baixo, com raiva, com umas sensações ruins, pé atrás total. Daí mandei ver na macumbinha, que na verdade nem é macumba, é só mais um dos meus super rituais que são tão particulares e próprios que não se encaixam em classificação nenhuma. Mandei ver mesmo. Coloquei o pequenino sentado confortavelmente em sua cadeirinha, cercado de muita tinta guache, papel e pincel, pra que ele ficasse ocupado uma par de horas, e então sentei ao lado, com bloco em punho, e mandei ver. Escrevendo, menina, a coisa sai que é uma beleza. Umas palavras horríveis, que você precisa ver. Vem mágoa até que eu nem sabia que existia. Impressionante como eu andava atolada de raiva, de coisas ruins e amargas. Mas aí saiu tudo no papel. Escrevia que nem uma louca, parecia psicografia, manja? Mandei uns quinze a merda, xinguei a mãe, o pai e todos os antepassados de mais uns vinte, assumi meu ciúme, minah insgurança, minha raiva, minha impotência diante de certos fatos, coloquei meus desejos ali, tudo o que quero de verdade pra mim, e foi lindo. Cara, foi lindo! Lágrimas nos olhos pra mim, e então o gran finale, uma queima daquelas bonitas. Uma fogueirinha como há tempos e tempos eu não fazia, e aquela mentalização bonita de que tudo o que é ruim e que me faz mal vira fumaça e tudo o que é bom vai direto pras alturas, pra voltar pra mim, na minha mão. Nossa, como foi bom ver tanta coisa ruim queimando ali na minha frente. Altamente terapêutico mesmo... De lá saí muito mais leve, muito mais preparada e então o domingo foi dos melhores mesmo. Passeei com meu filho, só nós dois, atenção exclusiva e total, brinquei com ele, rolei no chão, corri pelo parque, dei risada, beijei e cheirei ele muito. Almoçamos juntos, andamos de ônibus (que ele adora), passamos a manhã inteirinha grudados. Chegando em casa, ele mamou, dormiu e eu fui tomar um banho bem relaxante, me arrumar, me sentir bem pra encontrar meu amore. Deixamos o pequenino na casa do pai e foi tudo tranquilo, sem brigas, sem cara feia, paz, enfim, paz, tudo o que eu quero e preciso... E estar com meu querido foi ótimo, estava leve e feliz, e assim tudo flui, meu bom humor me inspira a ser uma pessoa melhor comigo, com ele e com o mundo. Mesmo vendo filme de terror daqueles que dá medo e dá vontade de esconder o rosto e fechar os olhos, eu relaxei por demais... Foi um fim de semana ótimo, estou feliz. Mesmo, de verdade. Recomendo o "exorcismo" pra quem quiser fazer, viu? Vale muito a pena. Beijos!

Um comentário:

renata penna disse...

às vezes a gente precisa mesmo botar os monstros pra fora... também faço um ritual do tipo, um pouco diferente, mas com um sentido bem parecido... a leveza que vem depois é fantástica...