quarta-feira, julho 04, 2007

Três pontinhos



E cá estou eu, com aquela minha calça de black jeans que eu ganhei com 17 anos (E que ainda me serve! Yes!), com meu all star clássico e surrado, uma blusinha preta lisa e meu cachecol lilás tão amado enrolado no pescoço. As meias também são lilás, mas não dá pra ver. Na cadeira, o sobretudo. Nem tá tão frio assim.

No rosto, filtro solar 30 (cheiro bom!), meus óculos velhos (preciso tanto de uns novos). Lápis no olho (vício) e na boca um batonzinho que quase não se nota (ando passando mais batom ultimamente e nem eu mesma sei o motivo). O cabelo, como sempre, continua naquele estilo "lavou tá novo". Odeio frescura com cabelo. Até que me arranjei nesse corte novo, mas logo precisará de uma ajeitada básica.

Na mesa, um calendário rabiscado, uma imagem do Pequeno Príncipe, um Trident pela metade, uma garrafa de água com gás também pela metade (e outra vazia). Celular quase sem bateria. Lápis, canetas, uma meia dúzia de post its tentando me lembrar de coisas que eu já esqueci. Ah, sim, e o novo livro. Do Cláudio. Comprado ontem, com dedicatória e tudo.

Sala quase vazia. Digitando meus devaneios meio sem sentido. Tão relax, tão tranquila, tão na minha, tão eu. Libertines rolando baixinho no rádio da sala. Um cheiro de algum salgado que acaba de sair do forno na lanchonete. Tá aí uma coisa que eu gosto nesse trabalho. As diferenças convivem bem, se alinham, se ajeitam. O trabalho pode ficar uns minutinhos de lado enquanto dou vazão às idéias que ficam aqui em cima da minha cabeça, dançando...

Tão feliz porque parece que os sapos depois de cuspidos resolveram juntar seus trapinhos e partir para um exílio na Eslovênia. Tão feliz porque hoje a minha ajudante apareceu, a casa vai estar limpa e vai ter janta quando eu chegar. Não vou ter que lavar roupa e vai sobrar tempo pra deitar na cama com o Samuel e cheirar bastante o pescocinho dele. Tão feliz porque depois de muito procurar eu encontrei o blog novo da Clarah. Tão feliz porque meu filho aprendeu a falar batata hoje. Tão feliz porque meu computador voltou. Tão feliz porque a moça da cantina resolveu comprar Souflair Dark de novo. Tão feliz que até as reticências voltaram...

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