sexta-feira, dezembro 19, 2008

Fênix

Do fim do ano passado até o começo desse ano, eu morri. Morri, e muitas pessoas sequer perceberam. Ninguém no meu trabalho, por exemplo, sequer deve ter imaginado a revolução que se passava aqui dentro. O quanto em alguns dias eu só sentia vontade de chorar e mais nada, e permanecia aqui, firme e forte, sem demonstrar nada. Às vezes ia chorar no jardim, no banheiro, no estacionamento, escondida pelos cantos. Mas eu ressucitei. Fui salva, na verdade. Meu filho me salvou com seus sorrisos. Meu pai com seu silêncio sempre encorajador. Muitos amigos salvaram minha vida virtualmente, por msn, por sms, por telefone. Minha terapeuta me salvou semanalmente, a terapia floral salvou gota a gota. As minhas amigas da materna me salvaram com suas palavras fortes e determinadas. Alguns amigos mais próximos me salvaram com seus abraços. Um em especial me salvou com olhares, mas sequer sabe disso. Outro continua me salvando até hoje, e nem amigo é mais, porque virou meu namorado. Mas o que importa é que deu certo. E tô aqui. Tão mais forte, tão mais forte. Que pareço outra pessoa mesmo. A outra não foi enterrada, não. Virou cinzas, mesmo. Poeirinha cinza, pedacinhos que se juntaram pra formar essa nova pessoa aqui. Que bom. Que bom!

Um comentário:

Blue disse...

Que seja doce! ;)