quinta-feira, outubro 23, 2008

um mais um mais um

Dá três. Um quarto de ano, pros mais afobados. Parece pouco? Passou rápido, e ele diz que quando tá bom passa assim rápido mesmo. E eu acredito, como acredito em tudo que ele me diz com aquele jeitinho de sabe-tudo. Ainda não deu vontade de duvidar de nada. Legal quando é assim, né? Uma confiança gostosa mesmo, misturada com admiraçao e com uma vontade absurda de sentar e ficar ouvindo ele falar. Talvez porque ele não fale muito. Na verdade até que ele fala bastante sim, mas não é sempre e não é com todo mundo. Comigo tem falado a cada dia mais. Mas tem ficado mais calado também, e eu nem tenho me incomodado com o silêncio. Tenho gostado, até. Porque invejo um pouco essa capacidade de se calar sem ficar um vazio chato. Tenho tentado aprender um pouco com esses silêncios, com essa calma, com essa presença que não invade, que só me acrescenta. Me atrapalho ainda com algumas coisas, porque andava acostumada com a falta de certezas, mas é melhor assim, muito melhor. Saber quando onde como e por que. Não me angustia, não me maltrata, tenho respostas, tenho algo com o que lidar. Um mês, mais um mês, mais outro mês e cá estamos. Ninguém lembrou do aniversário de 3 meses, mas não importa. Não mesmo. Como já disse antes, a data certa é o que menos importa. Ainda assim ando gostando por demais de fazer esses tipos de considerações. Deve ser coisa da idade essa repentina empolgação de lembrar datas e comemorá-las, não sei. Velhice é fogo, rs. Mas talvez seja bom registrar mesmo. A mudança, as folhinhas do calendário caindo e o sentimento ficando de repente mais paupável, mais definido mesmo. Porque a gente vai se reconhecendo e vou encontrando nele a cada dia mais uma porção de pequenos detalhes que fazem diferença pra mim. Pro bem, é claro. Vou ancorando ali e me deixando ancorar. Pronto. E aí, bora mais três? Atenção à progressão...

"Para que servem os anjos?
A felicidade mora aqui comigo
Até segunda ordem"
(A montanha mágica - Legião Urbana)

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