Li esse trecho do título por aí e fiquei aqui a divagar. Isso tem tanto a ver comigo, mas tanto... Tudo o que eu faço tem tanto de mim. E quando não consigo que as coisas tenham minha cara, minha alma, parece que fica tão sem graça, que nem parece meu. E eu então desanimo, me afasto, me canso. Pra algo sair bom, sair com qualidade, temos que nos doar por inteiro mesmo, não tem jeito. Mergulhar de cabeça, dar o sangue e de quebra aquilo que eu sempre falo aqui: as vísceras. E assim em cada lago a lua toda brilha. Lindo, isso... Tinha que ser coisa de gênio mesmo...
"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."
(Ricardo Reis, 14-2-1933)
Um comentário:
sempre tem um heterônimo pro nosso momento, né não?
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