quinta-feira, novembro 22, 2007

Dulcíssimo

Privilégio. Te ter assim tão perto, e me deixar ir tão longe. E me dizer tanto, de formas diversas, mesmo se calando, e ainda assim contando segredos tamanhos. Ser diferente dos outros, e se mostrar pra mim de forma tão particular. Rir comigo, dessas coisas que ninguém mais entende, e nem precisam. Bobos são eles, todos os outros, que caminham em seu próprio tempo, ao qual somos alheios agora. Ainda bem. Privilégio te completar frases, e deixar que leia meus pensamentos. Nada mais justo, já que é parte predominante deles. Que sorte a minha, que sorte. Me ver transfigurada em versos e palavras desconhecidas, mas tão familiares, tão minhas, porque são suas. Vantagem minha ter seus abraços, porque eles são meus agora, por direito, e assim vou interpretá-los. Que graça, sentir-me compreendida, porque sei que você sabe me ler, e não só me lê, como me interpreta, e me devora as palavras, e anseia por elas, e assim me sinto absorvida e em paz. Minha paz.

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