Em "Tereza", Manuel Bandeira assinala a trajetória do conhecimento à paixão com surpreendentes imagens que começam com a estupidez das pernas da moça e terminam com uma espécie de convulsão apocalíptica, como se o amor tivesse um caráter surreal e divino:
Tereza
(Manuel Bandeira)
"A primeira vez que vi Tereza
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna
Quando vi Tereza de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo
(os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo nascesse)
Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de deus voltou a se mover sobre a face das águas."
Simplesmente fofo.... ^______^
Um comentário:
SOu louca por manuel bandeira. Tb postei esta semana ele
bjocas
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