segunda-feira, setembro 29, 2008

De um extremo...

"...Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu..."

(Djavan - Jorge Drexler - A idade do céu)

O tempo já curou muita coisa, mas é difícil ainda pra mim entender essa necessidade de agredir, de machucar, de ferir. É difícil também entender por que eu me deixo ferir... Porque é uma brecha que eu abro, eu deixo que as pessoas se aproximem e façam esse tipo de maldade comigo. Deixo que elas virem o jogo e que me façam parecer a vilã da história toda. Tenho consciência que permito isso, mas não sei bem controlar. Será que estou agindo errado permitindo esse tipo de reação? Como barrar? Como bloquear? Sei que é um processo meu, que eu posso, se quiser, erguer por aqui um escudo e não deixar que as palavras ácidas e que os comentários maldosos me atinjam, mas anda complicado. Porque parece que a minha necessidade de manter sempre tudo bem com todo mundo fala mais alto do que a minha necessidade de me proteger dessas dores. Porque dói. As lágrimas escorrem, fartas, chego a chorar de sluçar, perdida em meio da agressividade alheia. Nada bom, nada bom.

Um comentário:

Blue disse...

O primeiro “tapa na cara” que devolvi doeu muito mais que o primeiro “tapa na cara” que recebi... Mas, às vezes é necessário reagir. A vida tem dessas coisas, e ela cobra, todas as vezes que deixamos passar...