quarta-feira, agosto 06, 2008

Mil e uma considerações sobre o silêncio, uns versos rasgados, e um título gigantesco

E está tudo bem. Caminhando como deveria, nem muito depressa, nem muito devagar. Ele é fofo e querido, me trata muitíssimo bem, nos falamos várias e várias vezes por dia de várias formas diferentes. Ele sempre dá um jeitinho de me dizer uma coisa legal, daquelas que me fazem sorrir. Tento corresponder da mesma forma, não por obrigação, óbvio, porque quem me conhece sabe que por aqui as coisas só fluem quando são de verdade. Respondo porque me mobiliza, porque tenho vontade de dizer pra ele que estou feliz. Talvez a palavra certa seja surpreendida. Me surpreende esse tipo de mudança de paradigma. Enxergar alguém por tanto tempo de uma forma, e de repente conhecer de outro jeito, diferente, e tão melhor. Por alguns segundos tenho um pouco de receio de escrever demais por aqui, mas não é nada demais na verdade. É só o que está acontecendo, só a minha verdade. Na semana passada, por conta da minha cabeça meio oca e da volta ao trabalho, estava meio desconfiada, olhando para os lados, me questionando, analisando e pensando se era isso mesmo que eu queria. Depois do fim de semana, estou mais animada e certa, mais segura. Parece que as coisas estão mais estacionadas, mas analisando meu próprio comportamento na semana passada, percebo que é parte do movimento necessário. Nada está diferente, pelo contrário. Vamos com calma, ele pede, assim como eu mesma pedi há alguns dias. Melhor assim, apesar da minha tendência primitiva de mergulhar de cabeça, a cautela é sempre desejável. Me faz aprender um pouco. Estou em outra fase da minha vida e é tão nítido. Logo eu que sempre preferi os menininhos, ando me relacionando com rapazes mais da minha idade ultimamente. Ok, ainda são mais novos ou pouco mais velhos, mas a diferença não é mais tão gritante quanto antes. Amadurecimento? Talvez. Admito que é mais fácil lidar com os garotos "vinte". Mais leves, menos machucados, mais desencanados, mais divertidos. Mas os meninos "trinta" andam me mostrando que certa segurança e estabilidade também pode ser legal. Sou taurina, afinal, estabilidade sempre foi comigo mesmo. Andei analisando que a minha atração fatal pelos garotinhos sempre foi uma forma de boicote, sim. Boicote de relacionamentos mais sérios, boicote de compromisso, baixa auto-estima (sim, porque com os menininhos EU comando a parada, rs, é mais fácil assim, né?) Mas está legal, essa diferença pequenininha de idade com meu "querido" atual me mostra que estou mudando e que está me fazendo bem demais essa mudança. Mesmo sem e-mails e sem SMSs ainda por hoje, estou numa boa, tentando não questionar demais e criar problemas que não existem. Me pego lembrando de alguns momentos, só. Felizes, felizes... Me fazem sorrir. Queria falar, mas fico tímida. Porque me alegram tanto coisas tão pequenas e bobas. Coisas mínimas, detalhes corriqueiros, que fazem toda a diferença. Estou meio bobinha, há de se confessar... Vou tentar arrumar uma forma de falar sem assustar o moço e sem me expor demais na minha bobeira. Aguardem. Bacio.

"...Sou sua noite, sou seu quarto
Se você quiser dormir
Eu me despeço
Eu em pedaços
Como um silêncio ao contrário
Enquanto espero
Escrevo uns versos
Depois rasgo
(...)
Se você vai sair
O seu asfalto
Se você vai sair
Eu chovo
Sobre o seu cabelo pelo seu itinerário
Sou eu o seu paradeiro
Em uns versos que eu escrevo
Depois rasgo..."

(Adriana Calcanhoto - Uns versos)

2 comentários:

Ana Paula disse...

ahhh q linda....

e eu fico aqui, feliz de saber q vc tá feliz.

e conseguindo imaginar tudo q vc tá passando.

vc descreve tão bem... hehehehehe

amo.

beijo.

renata penna disse...

hahaha
mais do que tudo, adorei o título!
:-)
e essa letra, linda, doce, suave, ô delícia...
bom saber q vc anda caminhando com essa leveza gostosa de se viver.
bjinhos