quarta-feira, novembro 07, 2007

Snif...

Bateu uma solidão muito forte. Como se eu não conseguisse mais suportar mesmo. Como se as pernas dessem uma fraquejada, e a cabeça pendesse, cansada. Uma tristeza também. Tristeza chatinha e muito minha conhecida, aquela sensação de que por mais que eu tente, não consigo alcançar as coisas que eu quero porque sempre tem algo que vai me atrapalhar. Tantas coisas misturadas. Me sinto de mãos atadas, não tenho muito o que fazer, só esperar, esperar, ficar aguardando. Odeio isso. Minha ansiedade fica muito forte. Tenho que pensar em tantas coisas diferentes que para isso preciso deixar as minhas próprias vontades quietinhas, caladas num canto, meio paradas. Tenho tantos problemas pra resolver. Os meus e os dos outros, mas parece que os dos outros surgem sempre como mais urgentes, mais graves. E eu vou ficando pra trás. Tenho um pouco de medo. Não quero que fique tarde. Também não quero que seja cedo demais. Não quero que nada dê errado, e por isso qualquer coisinha diferente que aparece pelo caminho que preparo soa como impedimento. Mas eu não quero. Não quero me sentir assim, tão sozinha. Não quero mais ficar triste porque não consigo minhas coisas, mas não estou conseguindo evitar isso agora, nesse minuto.

"...Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio é empobrecer

Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais
Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar seu tempo eu já roubei demais

Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final..."

(Confesso - Ana Carolina)

Um comentário:

Blue disse...

Eu poderia ter escrito isso, exatamente assim!

É, preciso dizer que te entendo!? hehehehe

Beijos, Musa!