segunda-feira, outubro 01, 2007

Pra você, com um pouquinho de atraso perfeitamente justificável e de lambuja com um título impressionantemente longo e completamente incoerente...

Ai...
Mas parece sina, não é?
Parece...
Eu relatando a mudança de protagonista, as sequências do filme, coisa e tal, e me esqueci do outro ator coadjuvante.
Esqueci mesmo.
Não por ter menos importância, não mesmo. Simplesmente porque ele estava distante, porque se afastou ou nos afastamos em comum acordo, sei lá, nem me lembro mais.
Ou talvez prefira não lembrar, porque é mais cômodo assim.
Mas como Murphy é meu pastor e nada me faltará, esse coadjuvante (nessa história, e protagonista de uma própria história só dele) caiu do céu, despencou, bem no meu colo, de asa quebrada e tudo...
Foi bom.
Não a queda, o ferimento, nem nada.
O encontro, mesmo.
Pra lembrar que toda história tem muitos e muitos lados, pra lembrar que as coisas todas funcionam em ciclos, em círculos, e que quando a gente menos espera tromba novamente com aquela pessoa que a gente nem imaginava.
Ele me ajudou tanto, tanto no sábado.
Ele não tem idéia de quanto.
Nem explicando dá pra entender...
Estava tão sozinha, estava tão sem voz pra pedir ajuda.
Mas ele me ajudou.
Mais do que qualquer amigo meu que antes havia tentado.
E ajudou sem saber de nada que se passava comigo.
Só me distraindo a cabeça, me fazendo pensar em coisas boas, em encontros felizes, enchendo meu coração de poesia e meu estômago de borboletas.
Estava precisando.
A gente fica tão frágil às vezes.
Vulnerável.
Me distraiu, me animou, me deixou tão feliz sem nem saber quem eu era e eu sem saber quem ele era também.
A intuição falou algumas vezes, mas eu preferi não ouvir.
Ele me disse que também andava triste e que eu consegui ajudá-lo de alguma forma naquela noite.
Que bom que não fui só eu que fui dormir sorrindo.
Espero que ele fique por perto, por mais que se esquive um pouco a princípio.
Eu entendo, querido.
Não é difícil de entender, eu sei.
Mas calma, baixa a guarda, vai ficar tudo bem, eu te juro, por mais que pareça que o furacão não tem fim e que nossas cabeças nunca vão parar de rodar.
Termina, e depois a gente olha pra trás e nem encontra razão pra ter sofrido tanto.
Fique perto, por favor, não se afaste novamente.
Às vezes tenho vontade de ter braços gigantescos pra conseguir confortar o mundo todo ao mesmo tempo, colocar o mundo todo no colo.
Mas não dá, infelizmente.
Mas com você vou tentar.
Vamos ver o que acontece...
Tento com as palavras, que é meu jeito, e espero que elas encontrem o destinatário certo, que confortem ou alegrem, de uma forma ou de outra.
Vamos ver o que se consegue.

Um beijo, Andrew... Um beijo, L. Obrigada.

Melissa e K.

"Desculpe estou um pouco atrasado
Mas espero que ainda dê tempo
De dizer que andei errado e eu entendo

As suas queixas tão justificáveis
E a falta que eu fiz nessa semana
Coisas que pareceriam óbvias até pra uma criança

A vida é mesmo coisa muito frágil
Uma bobagem uma irrelevância
Diante da eternidade do amor de quem se ama

Por onde andei enquanto você me procurava?
E o que eu te dei foi muito pouco ou quase nada..."

(Nando Reis - Por onde andei?)

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